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Agenda de ex-diretores da Petrobras desmente depoimento de Lula

Ao juiz Sergio Moro na semana passada, ex-presidente afirmou que só tinha se reunido duas vezes com diretores da Petrobras; agendas apontam 23 encontros

Por Guilherme Venaglia
Atualizado em 18 Maio 2017, 16h33 - Publicado em 17 Maio 2017, 11h18

Na última segunda-feira, o Ministério Público Federal (MPF) anexou ao processo que investiga o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acusado de ser o dono oculto de um apartamento tríplex no Guarujá (SP), outros 72 documentos obtidos pelo órgão que dizem respeito à ação. Dentre esses documentos, ao menos 23 registros de agenda de diretores e presidentes da Petrobras desmentem o que o petista disse em seu depoimento ao juiz Sergio Moro na quarta-feira da semana passada.

Na fala a Moro, Lula afirmou que “nos oito anos que eu fiquei na Presidência da República, a gente não tem reunião com a diretoria da Petrobras. Eu em oito anos tive dois momentos”. Os documentos que registram compromissos da estatal apontam que o ex-presidente se reuniu diversas vezes com diretores investigados pela Operação Lava Jato, como Paulo Roberto Costa, Jorge Zelada e Renato Duque.

Apenas Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras e um dos primeiros executivos da estatal a fechar delação premiada, tem onze agendamentos de conversas com Lula, entre os anos de 2005 e 2009. O ano em que o petista teria se reunido mais vezes com executivos da companhia teria sido 2008, com sete.

No processo em que os documentos foram anexados, o ex-presidente é acusado de ter beneficiado a construtora OAS em três contratos da Petrobras e, em troca, ter sido beneficiado com o tríplex no litoral paulista e com os custos de armazenamento de seu acervo presidencial. As negativas em relação às reuniões com diretores da estatal foram dadas no sentido de defender a tese de que ele, enquanto presidente da República, tem pouca relação com o cotidiano administrativo da Petrobras.

Em nota, a defesa do ex-presidente afirma que os documentos apresentados “somente servem para provar que seus membros têm acesso irrestrito a documentos da Petrobras, ao contrário da defesa do ex-Presidente Lula. Não há paridade de armas na ação. Por outro lado, esses papéis não provam nada contra Lula. As 73 testemunhas ouvidas na ação com a obrigação de dizer a verdade inocentaram o ex-presidente ao mostrarem que ele não é e jamais foi proprietário do triplex e muito menos participou de qualquer ato ilícito envolvendo a Petrobras.”

Nesta semana, o juiz Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato na 1ª instância, negou os pedidos da defesa de Lula e do MPF para ouvir novas testemunhas na ação. A alegação do magistrado é que a fase de instrução, a colheita dos depoimentos, já contemplou as questões pertinentes ao processo. Moro agendou, também, os prazos para as alegações finais das partes do processo.

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