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Aécio diz que Janot mentiu sobre proposta para ser vice

Tucano afirma estar estarrecido com acusações feitas pelo ex-PGR em entrevista a VEJA: 'Fui um alvo preferencial dos desatinos desse senhor'

Por Da Redação
27 set 2019, 16h16

O deputado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira, 27, que as declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot em entrevista a VEJA são mentirosas. Janot disse que Aécio tentou cooptá-lo ao oferecer o posto de vice-presidente na chapa que o tucano pretendia lançar para a disputa da Presidência em 2018. Desgastado pelas denúncias na Operação Lava Jato, Aécio acabou não se candidatando ao Palácio do Planalto e disputou uma vaga na Câmara dos Deputados.

“As declarações do ex-procurador-geral da República são estarrecedoras. Jamais o convidei para coisa alguma”, afirmou Aécio, por meio de nota. “Fui, na verdade, um alvo preferencial dos desatinos desse senhor.”

Na entrevista, Janot conta que foi procurado pelo então senador em 2017 com uma oferta para ser ministro da Justiça, caso o tucano fosse eleito presidente no ano seguinte. O ex-PGR disse ter rejeitado a oferta. Mas, dias depois, Janot relata que foi procurado mais uma vez por Aécio, dessa vez com a proposta para ser o vice-presidente. “É óbvio que era uma tentativa de cooptação. As investigações da Odebrecht estavam andando e depois o caso JBS foi o tiro de misericórdia contra ele”, afirmou.

Aécio foi alvo de delações da Odebrecht e, hoje, é réu na Justiça de São Paulo por corrupção passiva e tentativa de obstrução das investigações da Operação Lava Jato. Ele foi acusado pelo empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, de ter recebido uma propina de 2 milhões de reais. A delação de Joesley foi firmada por Janot e continha a gravação de uma conversa telefônica em que o tucano solicitava o dinheiro ao empresário. Aécio nega ter cometido irregularidades.

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Janot lançará na próxima semana o livro Nada Menos que Tudo, em que narra episódios desconhecidos ao longo dos quatro anos em que esteve à frente da PGR. Aécio afirmou esperar que o livro de Janot tenha “reservado espaço para tratar das ilegalidades cometidas pelo seu braço-direito Marcello Miller, aquele que era dublê de procurador e funcionário de Joesley Batista e da JBS”.

Miller foi um dos procuradores mais próximos a Janot durante a sua passagem pela PGR. Ele se tornou réu por corrupção ativa em junho deste ano. O MPF acusou Miller de, enquanto procurador, ter aceitado a proposta de Joesley e de Francisco de Assis e Silva, executivo da J&F, para receber 700.000 reais em troca de orientações prestadas a eles nas negociações de uma delação premiada com a PGR.

“Pelo menos o Brasil conhece um pouco melhor, agora, o perfil daquele a quem o país esteve submetido ao longo de quatro anos. Deu no que deu”, declarou Aécio.

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