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A difícil missão de ex-ministras de Bolsonaro junto ao eleitorado feminino

Mulheres do primeiro escalão bolsonarista foram escaladas para amenizar imagem do presidente e buscar eleitoras

Por Leonardo Caldas
Atualizado em 18 jul 2022, 18h05 - Publicado em 18 jul 2022, 14h52

Líder nas pesquisas por uma vaga ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP-MS) tomou para si uma difícil missão eleitoral: tornar o presidente Jair Bolsonaro, seu ex-chefe, mais palatável para o eleitorado feminino. A ordem do QG bolsonarista é usar as campanhas de Tereza e das também ex-ministras Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) e Flávia Arruda (Secretaria de Governo) para dizer que boa parte da verborragia do ex-capitão contra as mulheres não passa de uma tremenda falha de comunicação. A VEJA, Tereza Cristina, que teve o nome ventilado como possível candidata a vice exatamente para tentar atenuar o rótulo de misógino de Bolsonaro, disse que, como o presidente é “muito direto nas suas falas”, “às vezes as mulheres podem não entender isso”.

Há menos de uma semana, o mandatário deu mais uma mostra do quão tortuosa é a tarefa das três ex-ministras. Confrontado com a alta rejeição do universo feminino a seu projeto de reeleição, ele afirmou na quarta-feira, 13, que “a eleitora não está procurando um casamento, está procurando um presidente”. “Pessoal fala que eu não defendo, que eu tenho uma rejeição de mulher. Não sei se é verdade ou não. Acho que a eleitora não está procurando um casamento, está procurando um presidente”, disse.

A disputa presidencial de outubro terá mais de 82 milhões de mulheres eleitoras e, segundo pesquisa Datafolha, trata-se do público que mais rejeita o ex-capitão: 61% dizem que não votariam no mandatário de jeito nenhum. Para Tereza Cristina, a comunicação de Bolsonaro com essa fatia do eleitorado precisa melhorar e estar voltada a políticas de governo que atinjam diretamente o público feminino. Um primeiro gesto do presidente veio um dia depois de ele afirmar que “a eleitora não está procurando um casamento”. Na cerimônia de promulgação da PEC das Bondades, que permitiu que o governo aumentasse benefícios sociais às vésperas das eleições, ele afirmou que a ampliação de 400 para 600 reais no Auxílio Brasil, principal esperança do Executivo no projeto reeleitoral, é “o nosso olhar também para as mulheres pelo Brasil”.

“Em dezembro, o mínimo era R$ 400 e agora passa a R$ 600. Esses recursos vão diretamente no bolso, na conta dos beneficiários. São 18 milhões de famílias e deixo claro: um pouco mais de dois terços, em torno de 14 milhões, são mulheres. Então, é o nosso olhar também para as mulheres pelo Brasil. (…) Mais de 90% dos títulos da reforma agrária são para mulheres. É o nosso olhar todo especial para as mulheres do Brasil, pessoas logicamente importantíssimas. Nenhum homem pode crescer e sonhar na vida se não tiver ao seu lado uma mulher. Uma magnífica e grandiosa mulher”, discursou.

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