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16 de agosto: No Recife, manifestantes usam cultura local para dizer basta ao PT

Ao som de frevo e saudações à tradicional mandioca, manifestantes pedem o fim da corrupção, exaltam a Operação Lava Jato e pedem o fim do governo do PT

Por Pieter Zalis 16 ago 2015, 15h48

Na praia de Boa Viagem, em Recife, a tranquilidade da praia de doming foi substituída pela agitação dos gritos de “Fora, PT”, “Fora, Corruptos” e “Lula nunca mais”. Se as areias estavam mais vazias do que o habitual, a orla da praia foi tomada por milhares de pessoas que, mantendo suas tradições locais – pular ao som da batucada e do frevo – demonstraram sua insatisfação com a crise econômica, reafirmaram o apoio aos investigadores e à Justiça Federal na Operação Lava Jato e, principalmente, deram seu grito de basta ao PT.

“Vamos mostrar nossa indignação com os governos do PT e apoiar as instituições, a Justiça Federal, a Policia Federal e ao Ministério Público no papel de combater a corrupção”, disse o porta-voz do Vem Para Rua Recife, Gustavo Gesteira.

Os caminhões de som do Vem para Rua e do Movimento Brasil Livre (MBL) começaram a se movimentar por volta de 11h30, quando a cantora local Nena Queiroga deu início à caminhada cantando o Hino Nacional. Durante cerca de uma hora e meia, manifestantes caminharam dois quilômetros até a altura do Segundo Jardim. Na linha de frente, um boneco de Olinda do juiz Sérgio Moro conduzia os manifestantes ao som da Orquestra de Frevo de Pernambuco. O ato percorreu a orla de Boa Viagem.

Recife mostrou que as reivindicações e os gritos de insatisfações estão pulverizadas. Se a palavra impeachment só ganhou força no final, no trajeto, sobraram críticas para o presidente do Senado, Renan Calheiros, classificado como “traidor da nação” por ter firmado um pacto de governabilidade com a presidente Dilma. Outra mudança importante, comparada a manifestações passadas, é que os gritos de guerra foram substituídos por músicas gravadas. Uma das mais tocadas foi a “Saudação à Mandioca”.

Segundo os organizadores, 50 000 pessoas compareceram à manifestação deste domingo. A Polícia Militar pernambucana decidiu não divulgar números para “garantir que não haja divergências de números entre os diversos órgãos envolvidos no evento, esclarecendo, ainda, que tal informação não compete à Polícia Militar, que trabalha apenas com números estimados”. Se há exagero nos números dos organizadores, pode-se dizer que não houve uma queda significativa na adesão em relação à manifestação de março, quando 8.000 pessoas estiveram nas ruas.

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