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Felipe Rigoni, a história de um estreante no Congresso

Ouça a trajetória do primeiro deputado federal cego da história do Congresso brasileiro

Por Da Redação Atualizado em 3 out 2019, 19h16 - Publicado em 5 set 2019, 16h49

Felipe Rigoni é capixaba da cidade de Linhares, município no norte do Espírito Santo com pouco mais de 170 mil habitantes. Entrou na vida pública com a onda de jovens cidadãos fartos da “antiga política” e da corrupção e que estavam em busca de uma renovação. Depois de perder a eleição para vereador na sua cidade em 2016, ganhou a disputa para deputado federal dois anos depois com mais de 85 mil votos. Prometeu fazer um mandato interativo com a população, com foco no combate à corrupção governamental e na inclusão das pessoas com deficiência.

O deputado Felipe Rigoni e o pai (Arquivo pessoal/Reprodução)

Ele perdeu a visão de forma gradativa, provocada por uma inflamação ocular chamada uveíte, detectada ainda na infância. A doença foi um baque para a família, mas o irmão de Felipe, André Rigoni, conta que o pai fez de tudo para pagar os tratamentos e manter a educação particular dos dois filhos.

André também relembra que o agora deputado teve momentos de raiva e frustração nos momentos em que perdia a visão. Mas com o tempo, o bom humor que sempre marcou Felipe voltou a se destacar na personalidade.

Personalidade que o levou a estudar engenharia de produção na Universidade Federal de Ouro Preto, em Minas Gerais, e politicas públicas na Universidade de Oxford e foi bolsista do programa RenovaBR, que o levou para a política.

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Após a eleição de Felipe, a Câmara teve de se adaptar para recebê-lo, e criou acessibilidade e sistemas de votação específicos para cegos. Por outro lado, Felipe teve de se adaptar a um Congresso dividido e pouco aberto ao diálogo.

O deputado Felipe Rigoni e o irmão mais novo, André (Arquivo pessoal/Reprodução)

 

E foi nesse ambiente de divisão que Felipe sentiu a primeira grande pressão política: a votação da reforma da Previdência. Rigoni contrariou orientação do seu partido, o PSB, e votou a favor da medida. Além dele, outros oito parlamentares da legenda que desobedeceram a orientação foram suspensos por doze meses de todas as prerrogativas do Parlamento e do Executivo. Isso significa que não poderão fazer encaminhamento na Câmara em nome do PSB, não terão direito ao voto na bancada e terão de entregar cargos no governo.

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No caso de Rigoni, ele deixa as comissões que participa na Câmara. Ele era membro titular de sete: Comissão que atualiza o marco do saneamento básico, comissão da fiscalização da concessionária ECO BR 101, Comissão do Fundeb, Comissão Externa do Ministério da Educação, Comissão que trata de subsídios tributários e creditícios, subcomissão especial de educação especial e Comissão de Finanças e Tributação.

Com legenda ou sem legenda, infiel ou independente, o deputado Felipe Rigoni promete um mandato emocionante. Ele mesmo já admitiu que sonha em voar mais alto e não descarta até tentar a Presidência da República um dia.

Conheça os detalhes de cada etapa da história de Felipe Rigoni em mais uma edição do podcast Funcionário da Semana:

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