A saída de Roberto Alvim, o caso Wajngarten e ‘Democracia em Vertigem’
Augusto Nunes e Dora Kramer comentam a polêmica com o agora ex-secretário de Cultura, além das suspeitas contra o titular da Comunicação, Fábio Wajngarten
O secretário especial de Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro, Roberto Alvim, foi demitido do cargo nesta sexta-feira, 17. Alvim deixa o cargo depois da divulgação de um vídeo em que copiou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, para anunciar a criação do Prêmio Nacional das Artes.
Dora Kramer diz que Jair Bolsonaro agiu mal ao avaliar a declaração como ‘infeliz’ e deve uma demonstração definitiva de que considera atos desse tipo graves. Para ela, Bolsonaro não pode repetir na Cultura o que fez na Educação, trocando seis por meia dúzia, com um ministro que até piora a situação da área.
Augusto Nunes diz que a justificativa de Roberto Alvim de que não foi ele quem escreveu o texto não pode ser considerada, já que o conteúdo é um absurdo e um elogio aos métodos nazistas. Para ele, o ato de Bolsonaro em demitir Alvim é positivo, mesmo tendo agido sob pressão. Mostra que o presidente tem sensatez. Mas a missão de Jair Bolsonaro é melhorar a área com indicação de quem conhece o setor. Augusto Nunes lembra que existem pessoas conservadoras e competentes.
Os colunistas também comentam a capa da revista VEJA desta semana, sobre a polarização ideológica que a indicação do documentário ‘Democracia em Vertigem’ ao Oscar causou no país e o escândalo envolvendo o chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Fábio Wajngarten.