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“Zuckerberg italiano” vai lançar rival do LinkedIn no Brasil

Matteo Achilli, de 22 anos, criou o site Egomnia aos 19 para ajudar jovens a encontrar emprego em plena crise econômica

Por Claudia Tozetto
26 ago 2014, 13h29

Selo PJI 2014
Selo PJI 2014 (VEJA)

Em 2012, o italiano Matteo Achilli, então com 19 anos, lançou uma rede social para conectar jovens em busca de emprego. Com o site, Achilli tentava minimizar os efeitos da crise econômica mundial, que fez com que o desemprego entre italianos com idades entre 20 e 35 anos chegasse a 40%. “Eu queria encontrar uma forma de ajudar os italianos a conseguir oportunidades”, diz Achilli, em entrevista ao site de VEJA. Dois anos após o lançamento do Egomnia, mais de 300.000 pessoas já se cadastraram em busca das vagas oferecidas por 800 empresas. Agora, Achilli começa a expansão internacional do serviço, e o Brasil será um dos primeiros alvos do italiano.

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A ideia de criar uma rede social para jovens profissionais surgiu em 2011 e saiu do papel no ano seguinte, após muita persistência. O estudante de classe média da cidade de Roma não tinha dinheiro para investir na empresa – mas nunca desistiu. “Quando ligava para possível investidores e dizia que tinha 19 anos, ninguém queria me ouvir”, diz o fundador e CEO do Egomnia. O primeiro a acreditar na ideia foi o pai de Achilli, que investiu 10.000 euros na empresa, capital suficiente para pagar os primeiros programadores, estudantes como o filho.

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A rede profissional é gratuita para os usuários. De maneira semelhante ao LinkedIn, é possível criar um perfil a partir de dados como formação acadêmica, experiência profissional e cursos extracurriculares, como idiomas. O site funciona com base em um algoritmo de busca, uma espécie de “Google para currículos”. Após o cadastro, a rede atribui uma nota ao usuário, que determina sua posição no ranking de candidatos a uma vaga de trabalho. Na outra ponta da linha, as empresas acessam o ranking na hora de recrutar funcionários.

Divulgação
Divulgação (VEJA)

Conseguir dinheiro para criar a rede social foi só o primeiro desafio. Achilli teve ainda que encontrar uma forma de atrair usuários. A saída foi apelar para o famoso boca a boca: ele visitou pessoalmente várias universidades italianas para mostrar o site e pedir apoio aos estudantes. A estratégia deu certo: mais de 15.000 pessoas se cadastraram no primeiro mês. Com a popularidade, as primeiras empresas começaram a contratar usando a plataforma.

A repercussão do serviço nas universidades logo chamou a atenção da imprensa. Em pouco mais de um ano, Achilli foi capa da Panorama, uma das revistas de negócios mais populares na Itália, que o apelidou de “Zuckerberg italiano” – uma referência a Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook. A exposição ofereceu a Achilli a oportunidade de conhecer investidores de vários países.

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Falta pouco para a rede social profissional estrear no Brasil. Por aqui, a empresa será liderada pelo Antonio Castiglione, que deixou a Itália há dois anos e sentiu falta de um serviço que o ajudasse a encontrar um emprego no exterior. Com o acordo com Achilli, Castiglione terá 18% de participação no Egomnia Brasil, que vai estrear na metade de outubro.

“Os programadores trabalharam duro para ajustar o algoritmo para o Brasil. Na Itália, as notas nas disciplinas da universidade tem um peso maior na pontuação, mas não são tão relevantes aqui”, explica Castiglione. O site também foi traduzido para o português. Agora, Castiglione busca investidores brasileiros para ajudar a estruturar a ferramenta: até o final do ano, pretende contratar os primeiros programadores e abrir o primeiro escritório da rede social fora da Itália.

Ganhando dinheiro – De acordo com Achilli, o Egomnia movimentou mais de 500.000 dólares ao longo de 2013. A receita foi obtida a partir da venda de serviços pagos para os usuários do site, entre eles uma certificação que garante ao empregador que as informações exibidas no perfil são verdadeiras. Além disso, a empresa vende uma assinatura anual para empresas ou agências de emprego que desejam oferecer suas vagas por meio do site. O preço dos serviços para usuários, segundo a empresa, é mais acessível do que os praticados pelo LinkedIn, já que o público-alvo da ferramenta são, em sua maioria, estudantes.

Toda a receita é reinvestida no próprio negócio – uma equipe de 20 programadores – e na formação do próprio Achilli, que ainda frequenta o curso de negócios da Universidade Bocconi, em Milão. “Meu sonho é tornar o Egomnia a primeira grande empresa de tecnologia da Itália. Quero influenciar minha geração a pensar positivo e acreditar no futuro”, diz.

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