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‘Google + não é uma rede social’, diz Vic Gundotra

Executivo da companhia afirma que sistema colaborativo funciona como plataforma de integração de marcas da empresa

Por Renata Honorato, de Austin
10 mar 2012, 13h57

Embora se pareça com uma, o Google + não é uma rede social. Segundo Vic Gundotra, vice-presidente de engenharia da empresa e responsável pelo produto, o serviço funciona como uma malha capaz de integrar as marcas da companhia, como Gmail e YouTube, em uma única interface.

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A fala do executivo, um dos destaques da edição do South by Southwest (SXSW), foi conduzida por Guy Kawasaki, ex-Apple e cofundador da Alltop.com, uma revista on-line focada em tecnologia. Ele também é autor de um livro sobre o Google +.

Durante o bate-papo de uma hora, Kawasaki contou a Gundotra sua experiência negativa com o Google + e comparou o serviço à primeira vez que utilizou um computador Macintosh. O executivo respondeu prontamente dizendo que o maior problema é o fato de as pessoas confundirem o Google + com uma rede social.

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Confrontado com recentes pesquisas que mostram como os usuários permanecem muito mais tempo conectados ao Facebook do que ao Google +, o engenheiro explicou que é preciso levar em conta que ao estar “logado” a um serviço do Google, o internauta está automaticamente conectado ao Plus. “As pessoas estão alimentando seus perfis enquanto usam outras ferramentas e isso não está sendo levado em conta”, afirma.

Gundotra evitou citar números, mas afirmou que o total de usuários ativos nos últimos 30 dias foi de 100 milhões. Ele ainda ressaltou que a maior parte do conteúdo publicado na plataforma é compartilhado de forma privada e não publicamente. “As pessoas costumam dividir suas experiências com os mais próximos, geralmente reunidos em um de seus círculos”, disse. “A maior parte dos meus posts, por exemplo, é para a minha família”.

Kawasaki e Gundotra durante painel no festival de tendências SXSW
Kawasaki e Gundotra durante painel no festival de tendências SXSW (VEJA)

A privacidade foi destacada por Gundotra durante sua apresentação. Ele afirmou que a companhia não compartilha os dados de seus usuários do Google + com agências de propaganda e também ressaltou que não acha interessante usar a plataforma para ações publicitárias. “As pessoas não querem ver um link patrocinado ou um banner na hora de compartilhar a foto de sua filha”.

O engenheiro disse ainda que o recurso “+1”, o equivalente ao “Like” do Facebook, é uma importante ferramenta para a busca do Google. A partir dela os usuários podem encontrar em suas pesquisas resultados de maior credibilidade, com base na opinião de pessoas que fazem parte de seus círculos. “Se eu busco por um serviço no Google e vejo que você, Guy Kawasaki, deu um ‘+1’ na empresa, certamente vou confiar mais nela no que nas demais exibidas na minha página de resultados”.

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Recursos – Ao contrário de outras plataformas sociais, como Facebook e Twitter, o Google + não possui API (Application Programming Interface, ou interface de programação de aplicações) aberta. Isso significa que os desenvolvedores independentes não podem criar novos recursos para o Google. Embora parte da inovação da concorrência esteja justamente em suas APIs, Gundotra defende a tese de que esse tipo de desenvolvimento não pode ficar nas mãos de terceiros. “Nosso ecossistema é diferente e não precisamos de APIs agora”, disse.

O engenheiro destacou a eficácia do sistema em identificar spams nos comentários dos usuários, um problema recorrente no Facebook, e disse que o Hangout, recurso de videoconferência do Google +, foi desenvolvido para quem não tem habilidade de utilizar serviços integrados na hora de se comunicar através de um vídeo. Em síntese, o Hangout é para o usuário casual pouco familiarizado com softwares como o Skype.

Gundotra brincou, mostrou através de uma ilustração diferentes pontos de vista, chamou a atenção para os benefícios de seu serviço, mas não respondeu a pergunta mais importante do painel: “Qual o futuro do Google +?”. A plataforma de integração de marcas, como ele mesmo prefere chamar a rede, continua sem um destino certo, mesmo fazendo parte de uma das diretrizes mais importantes da companhia – a otimização de recursos sociais.

O projeto de Gundotra pode até trazer alguns aspectos inovadores à internet, mas está longe – bem longe – de impactar tantas pessoas no mundo como o seu concorrente indireto, o Facebook.

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