Financiado por DiCaprio, concorrente do Instagram chega ao Brasil
Aplicativo Mobli oferece, além de filtros para fotos, recursos de edição de vídeo
“O que queremos é conectar pessoas que gostem das mesmas coisas”, explica o americano Mike Mosberg, presidente da startup Mobli, um serviço concorrente do Instagram, que permite a usuários compartilhar fotos e vídeos na rede. O aplicativo, que acaba de chegar ao Brasil, possui 7 milhões de usuários nos Estados Unidos, seu maior mercado, e sua base no país é de 700.000 adeptos. O programa gratuito já está disponível, em português, para iOS e Android.
Como o próprio Mosberg ressalta, o Mobli faz tudo o que o Instagram faz – e mais um pouco. Além de oferecer os tradicionais filtros para fotos, o serviço também permite a publicação de vídeos na plataforma. Outra diferença está em seu ecossistema. Ao invés de seguir pessoas, como acontece no serviço do Facebook, o aplicativo permite aos usuários seguir canais. Por exemplo: um fã dos Rolling Stones pode seguir o canal da banda, que reúne milhares de vídeos e fotos, produzidas por milhares de pessoas no mundo, todas entusiastas do grupo. Trata-se, portanto, de uma oportunidade de conhecer gente nova com interesses em comum.
A companhia mantém dois escritórios: um em Nova York e outro em Israel. Cerca de 30 pessoas trabalham na área de desenvolvimento. A startup possui atualmente mais de 40 colaboradores. Entre seus investidores estão personalidades do cinema (Leonardo DiCaprio e Tobey Maguire) e do esporte (Serena Williams e Lance Armstrong).
A relação de Mosberg com o mundo do show business não termina no conselho da companhia. O empreendedor é casado com a atriz Jemima Kirke, que interpreta a personagem Jessa na série de TV Girls. Lena Dunham e seu namorado, Jack Antonoff, guitarrista da banda Fun, fazem parte de seu círculo de amigos. A empresa, que já está em segundo aporte, arrecadou ao todo 28 milhões de dólares.
Brasil – Apesar da popularidade em solo americano, a empresa ainda não dá lucro. “Nosso objetivo, por ora, não é fazer dinheiro. É entregar o melhor produto”, explicou Mosberg ao site de VEJA durante a sua passagem por São Paulo. “Encontraremos formas alternativas de monetizar o serviço, mas isso não é prioridade”.
De acordo com o empresário, a estratégia da companhia é tornar o aplicativo popular fora dos Estados Unidos. E é aí que o Brasil entra na história. De olho na paixão dos brasileiros pelas redes sociais, a Mobli decidiu dar início às operações na América Latina começando pelo Brasil. “Estamos identificando mercados emergentes e o Brasil aparece no topo da lista”, explica.
Eventos como Copa do Mundo e Olimpíada também chamam a atenção da startup. O serviço, que personaliza filtros e os oferece para usuários de uma determinada localização geográfica, já começou a testar o recurso. Durante a Virada Cultural, no último final de semana, a Mobli disponibilizou um filtro com o mesmo nome do evento para quem estava na região. O público gostou.
É difícil prever se o aplicativo vai superar o sucesso do Instagram. O que se sabe, no entanto, é que a empresa nova-iorquina quer mesmo é fazer barulho. Em uma campanha recente chamada #mylastinstagram, o Mobli promete sortear um prêmio no valor de 10.000 dólares para quem trocar a rede do Facebook pelo app de DiCaprio.