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Desafio do chefão do Twitter no Brasil: fazer a rede voar

Apesar da queda da audiência do serviço, 30% em um ano, executivo assume posto prometendo reforçar laços com mercado e usuários

Por Rafael Sbarai
7 dez 2012, 17h27

Há um mês à frente do Twitter no Brasil, Guilherme Ribenboim, de 38 anos, tem um grande desafio pela frente: recuperar o terreno virtual perdido na corrida das redes sociais no país – por aqui, o serviço está atrás de Facebook e Orkut. Segundo dados da empresa de medição comScore, em um ano, a audiência do microblog caiu 30%, chegando a 9,2 milhões de visitas únicas em outubro – o mesmo mês registrou evolução de 10% em relação a setembro. O economista carioca, contudo, demonstra otimismo. “Nós temos objetivos agressivos no Brasil”, diz. Para cumpri-los, ele realiza um périplo por agências de publicidade em busca de impressões sobre a rede social. Das visitas, depreendeu que ainda é preciso “explicar aos brasileiros o que é a plataforma”. Assim, acredita, pode cumprir o papel de fazer do serviço a “grande praça pública virtual onde as conversas acontecem”. Pelo mundo, o modelo de negócio da empresa tem atraído receitas (embora não seja claro se elas pagam todas as despesas). Estimativa da consultoria eMarketer aponta que o serviço deve faturar 129,7 milhões de dólares só com publicidade móvel em 2012. É mais do que o rival Facebook, que deve ficar com 72 milhões de dólares. Confira a entrevista concedida ao site de VEJA por Ribenboim.

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Por que o Twitter foi uma das últimas grandes companhias de tecnologia a fixar sede no Brasil? Se comparado ao Facebook, Google e Yahoo! – que iniciaram operações no país há mais de um ano -, o Twitter ainda é uma empresa jovem. Em 2013, completará apenas sete anos de vida. O caminho para a internacionalização do produto era inevitável, mas seus idealizadores queriam primeiro construir um produto que fosse eficiente e prático. Assim, desde 2010, a companhia voltou suas atenções ao modelo de negócios, oferecendo três formatos de publicidade: perfis, tuítes e assuntos patrocinados.

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Qual é a importância do mercado brasileiro para a rede? O Brasil tem uma importância crucial para o crescimento da plataforma. Outro fator importante é a iminência da realização de dois dos maiores eventos esportivos: a Copa do Mundo e a Olimpíada. Quando ingressei no Yahoo!, em 1999, o Brasil era um dos últimos países a receber a empresa. Hoje, a história é diferente.

O que o Twitter pretende ser no país? Nós somos uma grande rede de informação em tempo real e queremos nos adaptar à cultura local. O Twitter quer ser a ágora da web brasileira: a grande praça pública virtual onde as conversas acontecem. O microblog também está se transformando na “segunda tela” (o que significa que o uso do serviço e da TV são concomitantes): por isso, é fácil engajar o público que, ao mesmo tempo, assiste a uma atração na TV.

Vocês já têm um escritório definitivo no país? Por enquanto, não. Em janeiro, vamos alugar um escritório remoto com poucas mesas, mas ainda não estamos pensando nisso. A princípio, estou me deslocando às agências de publicidade para saber o que as pessoas pensam sobre o Twitter. Nós temos objetivos agressivos no Brasil. Sinto que falta explicar aos brasileiros o que é a plataforma. Por isso, vamos iniciar diálogos com setores diversos: grupos de comunicação e futuros parceiros.

O serviço vem travando uma “batalha” com desenvolvedores independentes, que dizem que a rede desestimula a construção de produtos. Isso porque, ao adotar oficialmente um aplicativo, esvazia os demais. Que postura a empresa vai adotar a respeito? Temos total interesse em criar uma cultura de diálogo intenso com os desenvolvedores brasileiros. Devemos permitir a inovação. Isso está marcado na história do Twitter: muitos de nossos produtos foram produzidos por profissionais e ideias independentes, que posteriormente foram absorvidas pelo microblog.

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Como foi o processo de recrutamento para se tornar o diretor-geral do Twitter? Como em toda grande empresa de internet, fiz uma série de entrevistas. Foram 12 conversas com diversos profissionais no próprio escritório do Twitter, em São Francisco, na Califórnia. Provavelmente, a equipe que me avaliava entrou em contato com as antigas empresas em que trabalhei. Esses diálogos são importantes para você conhecer a cultura da empresa.

Qual era a preocupação da empresa em relação ao Brasil? Queriam saber como o brasileiro pensa no universo digital. E, é claro, como eu poderia ajudar a construir o Twitter no país.

Você já teve oportunidade de conversar com Jack Dorsey, CEO e um dos fundadores da companhia? Ainda não, mas o acompanhei em uma recente conferência nos Estados Unidos. Dorsey definiu o Twitter com palavras que encantaram seus usuários. Naquele momento, ele pareceu Steve Jobs durante as populares conferências da Apple.

Hoje, qual é a participação de Biz Stone e Evan Williams, outros dois fundadores do microblog? Evan ainda faz parte da direção da empresa, mas ambos não estão na operação, no dia a dia do Twitter.

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FONTE: Twitter

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