Vacinação contra paralisia infantil e sarampo começa neste sábado
Pacientes poderão ser imunizados até 28 de novembro. Ministério de Saúde quer proteger 12 milhões de crianças contra cada uma dessas doenças
Começa neste sábado a campanha de vacinação contra a paralisia infantil e o sarampo. A meta do Ministério da Saúde é imunizar, até 28 de novembro, cerca de 12 milhões de crianças de 6 meses a 5 anos incompletos contra a paralisia infantil e 11,8 milhões de crianças de 1 ano a 5 anos incompletos contra o sarampo. As doses serão aplicadas em mais de 100.000 postos de saúde de todo o país.
A vacina contra a poliomielite, responsável pela paralisia infantil, será aplicada na forma oral tanto para colocar em dia a vacinação atrasada como para reforço de quem está com o calendário em dia. O Ministério da Saúde também disponibilizará a versão injetável para crianças que não iniciaram o esquema de vacinação com as duas primeiras doses, que devem ser aplicadas aos 2 e 4 meses de vida. Já a vacina contra o sarampo é a tríplice viral, que também protege contra caxumba e rubéola.
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O perigo de não vacinar as crianças
Riscos no Brasil – Por causa da vacinação, o Brasil está livre da poliomielite desde 1990. No entanto, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que entre 2013 e 2014, dez países registraram casos da doença.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na maioria dos casos, a criança adquire sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a infecção se dá, principalmente, por via oral.
O sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção é por meio da vacina.
O Brasil não registra casos autóctones de sarampo, ou seja, transmitidos dentro do país, desde 2000. A partir daquele ano, a doença foi detectada em pessoas que se contaminaram em países da Europa, Ásia e África. Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já registrou 160.000 casos de sarampo em todo o mundo.