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Vacina contra HPV protege também contra cânceres na região da garganta

Estudo da OMS mostra que a vacina reduz em mais de 90% infecções orais causadas pelos tipos 16 e 18 do vírus

Por Da Redação
19 jul 2013, 12h22

Um novo estudo da Organização Mundial da Saúde mostrou pela primeira vez que a vacina contra o Papilomavirus humano (HPV) também oferece proteção contra infecções orais, que estão associadas aos cânceres de orofaringe, popularmente conhecido como câncer de garganta, que inclui as amígdalas, a base da língua, o palato mole e as paredes da cavidade interna da faringe. Os resultados mostraram que a vacina reduz em mais de 90% infecções orais pelos tipos 16 e 18 do HPV, que costumam ser relacionados ao câncer de colo de útero.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Reduced Prevalence of Oral Human Papillomavirus (HPV) 4 Years after Bivalent HPV Vaccination in a Randomized Clinical Trial in Costa Rica

Onde foi divulgada: periódico Plos One

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Quem fez: Rolando Herrero, Wim Quint, Allan Hildesheim, Paula Gonzalez, Linda Struijk, Hormuzd A. Katki, Carolina Porras, Mark Schiffman, Ana Cecilia Rodriguez, Diane Solomon e outros

Instituição: Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras

Dados de amostragem: 5.840 mulheres entre 18 e 25 anos

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Resultado: As análises mostraram que, quatro anos depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus, que podem causar cânceres de orofaringe.

O estudo foi feito na Costa Rica, e é uma parceria entre pesquisadores do país, dos Estados Unidos e da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele foi pensado inicialmente para avaliar a eficácia da vacina de HPV contra o câncer de colo do útero, mas passou a incluir também a avaliação dos efeitos da vacina em outras regiões do corpo – entre elas, a cavidade oral.

Os pesquisadores recolheram amostras de células bucais de 5.840 mulheres entre 18 e 25 anos, que receberam a vacina contra o HPV ou contra hepatite A – utilizada no chamado grupo de controle. As análises mostraram que, quatro anos depois, a vacina contra o HPV reduziu em 93% as infeções orais pelo vírus. O artigo que descreve a pesquisa foi publicado nesta quinta-feira, no periódico Plos One.

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“A vacina parece promover uma forte proteção contra as infecções orais pelos tipos de HPV que causam a maior parte dos cânceres de orofaringe. Existem muitos aspectos da doença que nós ainda não conhecemos, e precisamos de mais evidências de que a vacina previna esse tipo de câncer, mas os resultados indicam que nós podemos ter uma ferramenta importante para a prevenção desses males cada vez mais comuns”, afirma Rolando Herrero, da IARC, e principal autor do estudo.

Crescimento – A OMS estima que, por ano, surgem 85.000 novos casos de câncer de orofaringe. Apesar de serem tradicionalmente relacionados ao consumo de tabaco e bebidas alcoólicas, mais de 30% dos casos dessas doenças são decorrentes da infecção pelo HPV, em virtude de práticas como o sexo oral. Os homens têm quatro vezes mais chances de serem afetados pela doença do que as mulheres.

Um estudo recente dos Estados Unidos mostrou que, nos últimos 20 anos, a quantidade de tumores de orofaringe nos quais foi detectado o HPV passou de 16% para 70%. Isso levou os autores a estimarem que nas próximas décadas os Estados Unidos podem vir a ter mais casos de câncer de orofaringe relacionado ao HPV do que de câncer de colo do útero causado pelo vírus.

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Para Herrero, se resultados similares aos das mulheres forem encontrados nos homens, a vacinação de meninos pode ser uma importante medida de saúde pública em regiões nas quais cânceres relacionados ao HPV são comuns no sexo masculino.

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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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