Turismo médico: os 10 países mais procurados pelos viajantes
Em um mercado crescente, turistas viajam ao exterior em busca de tratamento médico e odontológico bom e barato
Pelo menos 7 milhões de pessoas tomaram um avião em 2013 e viajaram ao exterior em busca de uma modalidade de turismo em ascensão: o turismo médico. A combinação de preço baixo e boa qualidade atrai viajantes para um mercado que cresce de 20 a 25% ao ano, de acordo com dados da Patients Beyond Borders, editora americana de guias de viagem especializada no setor. “O aumento da riqueza mundial e da facilidade de deslocamento faz com que a procura por atendimento médico em outros países seja cada vez maior”, afirma Josef Woodman, CEO da editora.
Procedimentos de baixa, média e alta complexidade – que vão de implantes dentais a operação de mudança de sexo – estão na mira dos turistas. Um americano gastará menos para atravessar o globo e se submeter a uma cirurgia de hérnia de disco na Índia, por exemplo, do que se for operado em casa. O procedimento, que custa cerca de 100.000 reais nos Estados Unidos, sai por 21.000 reais no país asiático.
Agências de turismo médico oferecem ao cliente uma lista de hospitais, médicos e tratamentos. Se o paciente preferir, as agências recomendam hospitais de acordo com a necessidade da pessoa: preço mais baixo, país mais próximo ao local de residência ou serviço de ponta.
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Selo que qualidade – Preços baixos não significam serviços ruins. Selos internacionais atestam a qualidade de hospitais e clínicas pelo mundo. Um dos mais conhecidos é o Joint Commision International, oferecido por uma organização americana sem fins lucrativos em 40 países.
No Brasil, 45 centros médicos de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Joinville, Recife, Brasília, Barueri e Salvador exibem o certificado. Em 2013, cerca de 180 000 estrangeiros desembarcaram aqui em busca de algum tratamento, o que coloca o país na liderança do ranking do turismo médico na América do Sul. “A procura por atendimento cresce de 10 a 12% ao ano, desde 2006”, afirma diz Gilberto Cunha Galletta, gerente de relações internacionais do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Cirurgias plásticas e procedimentos de alta complexidade, como tratamentos oncológicos e operações neurológicas e cardíacas, são os mais procurados pelos pacientes que vêm de fora.