Planos de saúde fazem consulta médica antes de aceitar idosos

Pesquisa do Idec aponta que cinco das vinte principais operadoras de São Paulo fazem avaliação prévia

Por Da Redação
13 ago 2014, 21h29

Idosos: Ser aceito como cliente e preços elevados são algumas das dificuldades que pessoas acima de 60 anos têm com operadoras de saúde (Thinkstock/VEJA/VEJA)

Das vinte maiores operadoras de saúde que atuam na cidade de São Paulo, ao menos cinco submetem idosos a uma consulta médica antes de aceitá-los como cliente. Além disso, apenas oito empresas comercializam planos individuais para indivíduos acima de 60 anos, segundo uma nova pesquisa do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec). De acordo com o levantamento, divulgado nesta quarta-feira pelo jornal Folha de S. Paulo, as empresas que exigem essa avaliação prévia são Unimed Paulista, Greenline, Biovida, MediSanitas e Santamália. Esta última, além da consulta média, também exige exames.

Para o Idec, a consulta prévia em idosos é ilegal, pois pode se tornar um condicionante para a contratação do plano, fazendo com que uma pessoa não seja aceita como cliente. A Agência Nacional de Saúde (ANS) considera que nenhum plano de saúde pode recusar um cliente devido à sua idade ou condição de saúde. No entanto, ao jornal, o órgão afirmou que a avaliação médica prévia pode ser uma opção aos pacientes que precisam de orientação na hora de preencher a Declaração de Saúde. Já as operadoras disseram que a avaliação não é obrigatória e que seguem as normas da ANS.

Outro problema que os idosos enfrentam ao adquirir um plano de saúde são os preços elevados. Segundo o Idec, a média da mensalidade dos planos das vinte principais operadoras de São Paulo é de 999 reais. Esse valor representa 70% da renda mensal média do idoso paulistano, que é de 1.448 reais. Segundo a pesquisa, o plano mais barato oferecido por uma dessas vinte empresas a pessoas acima de 60 anos custa 551,04 reais por mês. O mais caro sai por 1.447 mensais