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Serra Leoa decreta estado de emergência por ebola

País registrou 233 mortes pela infecção desde março. Oeste da África enfrenta a pior epidemia da doença desde a descoberta do vírus, em 1976

Por Da Redação
31 jul 2014, 10h49

O presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, decretou nesta quinta-feira estado de emergência diante da epidemia do vírus ebola que atinge o oeste da África. O país registrou, neste ano, 233 mortes pela doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O surto, o maior da história, também afeta Guiné, Libéria e Nigéria. Juntos, os quatro países já notificaram mais de 1.300 infecções e 729 óbitos por ebola desde março.

Em um discurso transmitido pela televisão, Koroma disse ter decretado estado de emergência para permitir que o governo tome “medidas mais firmes contra a epidemia do ebola”. O presidente anunciou que colocará em quarentena as áreas afetadas pelo surto, mobilizará forças de segurança para proteger equipes médicas e proibirá reuniões públicas. Além disso, ele pretende lançar uma busca por possíveis infectados em casas localizadas em regiões endêmicas.

Koroma também anunciou ter cancelado sua viagem na próxima semana à cúpula entre África e Estados Unidos em Washington. Por outro lado, indicou que participará de uma cúpula regional na Guiné para analisar a situação da epidemia junto a representantes de outros países africanos. O presidente ainda declarou que ministros e outros representantes governamentais de Serra Leoa não poderão sair do país, exceto para “compromissos absolutamente essenciais”. Segundo Koroma, as medidas anunciadas nesta quinta devem ter duração de 60 a 90 dias.

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África – O governo da Libéria, que já registrou 159 mortes por ebola neste ano, também vem anunciando medidas para conter a epidemia. Nesta quarta, as escolas do país foram fechadas e os servidores governamentais foram obrigados a tirar licença para diminuir o risco de contaminação. No domingo, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, já havia anunciado o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país.

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O Corpo da Paz dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a retirada de centenas de voluntários da Guiné, Libéria e Serra Leoa devido ao surto. Uma porta-voz do órgão informou que dois voluntários contraíram o vírus após entrar em contato com uma vítima da infecção. Segundo ele, porém, os americanos não apresentam os sintomas da doença e estão em isolamento sob observação médica. “Quando receberem alta para regressar aos Estados Unidos, trabalharemos com eles para que retornem de forma segura”.

Doença – Não existe cura ou vacina para o Ebola. A doença é conhecida por ser altamente transmissível e mortal: a taxa de óbitos entre infectados pode chegar a 90%. O vírus foi descoberto em 1976, ano em que houve 431 mortes pela infecção. Desde então, os principais surtos aconteceram em 1995 (254 óbitos), 2000 (224) e 2007 (224), todos na África.

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(Com AFP)

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