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Seis soluções em saúde pública para inspirar o Brasil

Boas iniciativas e continuidade dos investimentos são as melhores formas de atacar as dificuldades em saúde pública. O site de VEJA reuniu projetos internacionais na área que podem ser modelos para enfrentar alguns dos principais problemas da saúde brasileira

Por Rita Loiola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 Maio 2016, 16h29 - Publicado em 11 out 2014, 16h55

Um dos principais problemas da saúde brasileira é a indefinição das regras que regulam seus serviços. A frouxidão das normas em relação a contratos, pagamentos ou responsabilidades pelos serviços de saúde colabora para a má gestão dos recursos, que se perdem em um labirinto de programas e projetos. Pouco integrada, a rede é feita de iniciativas que morrem à míngua, com contratos malfeitos, pouco fiscalizados, e composta de equipes que se modificam de quatro em quatro anos.

Para combater essas dificuldades, países ao redor do mundo investem em boas iniciativas e ideias que garantam a administração adequada do dinheiro dedicado aos programas de saúde. Afinal, dilemas como os brasileiros são os principais problemas de saúde pública em todo o globo. Há diferentes modelos, que vão desde países em que os serviços de saúde são totalmente privados, como os Estados Unidos; passando pelo modelo europeu de serviços particulares financiados pelo governo, a exemplo da Holanda, Inglaterra ou França; ou totalmente públicos, como Espanha e Finlândia. Entretanto, descontadas as diferenças, há uma clara e antiga indefinição de regras de saúde gerais a serem seguidas no Brasil, que colaboram com a descontinuidade dos programas e os transformam em um grande ralo de dinheiro.

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“Na Europa, que conta com serviços de saúde bastante avançados, há regras muito claras sobre a regulação dos sistemas, feitas para todos, a partir de um comprador, que é o Estado. Há contratos detalhados e que são fiscalizados. Tudo isso no Brasil ainda é muito precário”, diz o médico Gustavo Ferreira Gusso, professor de clínica médica da Universidade de São Paulo (USP). “O caminho é o governo comprar mais serviços privados, mas regular seu uso e estabelecer normas precisas, como acontece na Inglaterra ou Canadá.”

Continuidade – Para oferecer serviços de saúde de qualidade, os países costumam investir em três frentes fundamentais: uma rede integrada de atendimento familiar e comunitário, gestão rígida de contratos e bases de dados informatizadas. “Nosso modelo de saúde, criado há quase trinta anos, está em implantação até hoje. Entre as diferentes iniciativas, a mais básica e essencial é ter uma rede de informações universal com as condições clínicas anteriores do paciente que possa ser usada pelos profissionais para prevenir doenças e criar tratamentos melhores”, diz o médico Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio-libanês, em São Paulo.

Entretanto, programas assim, alerta Vecina Neto, são desenvolvidos durante décadas, e dependem da continuidade do investimento político, financeiro e social para funcionarem. “Voltamos sempre a discutir elementos muito básicos, como alguns procedimentos ou permissões, superados há muito tempo em outros países. E isso nos impede de avançar no que é realmente necessário”, diz o médico.

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Uma das causas é a relação estreita que existe no país entre os programas de saúde e seu viés político ou partidário – assim que a gestão termina, o projeto de saúde também deixa de receber investimentos. “Temos excelentes programas de saúde brasileiros, inspirados nos melhores exemplos do exterior e feitos de acordo com a nossa realidade. No entanto, eles param no meio do caminho e não superam nem os primeiros desafios”, diz Maria Fátima Souza, diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). “É preciso que a saúde se torne, de uma vez por todas, uma política de Estado e não só de governo.”

Com o apoio dos especialistas, o site de VEJA mapeou seis boas iniciativas em saúde pública ao redor do mundo que atacaram o problema da gestão de recursos. Exemplos de investimento e fôlego são, mais que modelos de administração em saúde, excelentes opções de atendimento para seus pacientes:

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