Santa Casa nega falha do governo de SP em repasse de verbas federais

Estado e Ministério da Saúde travam impasse sobre o destino de 74 milhões de reais em recursos federais

Por Da Redação
30 set 2014, 17h16

Pronto-Socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo parou atendimentos em julho por falta de recursos (Marcio Ribeiro/Futurapress/VEJA/VEJA)

O novo superintendente da Santa Casa de São Paulo, Irineu Massaia, negou que o governo estadual tenha deixado de repassar 74 milhões de reais em recursos federais destinados à instituição entre janeiro de 2013 e maio de 2014. Em nota divulgada nesta terça-feira, Massaia afirmou que auditoria realizada pela Secretaria Estadual da Saúde nas contas da entidade concluiu que todos os recursos destinados pelo Ministério da Saúde para o complexo hospitalar foram integralmente repassados pelo Estado.

A dúvida sobre o destino da verba federal é razão de impasse entre Estado e União desde o final de julho, quando a Santa Casa fechou seu pronto-socorro por falta de recursos para a compra de materiais. Desde então, o Ministério da Saúde afirma que parte da verba repassada ao governo estadual para o pagamento da instituição foi retido. A Secretaria da Saúde de São Paulo sempre negou o fato.

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Na segunda-feira, ao apresentar os resultados da auditoria, a pasta estadual afirmou que a análise concluiu que houve erro na afirmação do ministério. O governo federal, porém, diz que não aprovou o relatório da auditoria e segue afirmando que o dinheiro não foi repassado. “A pasta lamenta que a secretaria estadual esteja divulgando seu posicionamento institucional como conclusões da Comissão Técnica”, disse o Ministério da Saúde.

Ainda segundo Irineu Massaia, a Santa Casa “participou ativamente” da comissão realizada com a participação das esferas federal, estadual e municipal e do Conselho Estadual de Saúde.

(Com Estadão Conteúdo)