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Relatório da OMS indica aumento da resistência aos remédios contra HIV

No entanto, especialistas afirmam que ritmo do desenvolvimento dessa resistência está em queda

Por Da Redação
17 jul 2012, 12h57

Às vésperas da Conferência Internacional sobre a Aids, que acontecerá entre os dias 22 e 27 de julho em Washington, nos Estados Unidos, as autoridades médicas publicaram um relatório nesta terça-feira que evidencia um aumento do número de pessoas infectadas com o vírus HIV que criaram resistência aos remédios. “Nos 72 países onde a enquete foi feita, os médicos detectaram que 6,8% dos pacientes criaram resistência aos remédios”, afirmou Gottfried Hirnschall, diretor do Departamento de HIV/Aids da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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ANTIRRETROVIRAIS

Esse grupo de medicamentos surgiu na década de 1980 e atua no organismo impedindo a multiplicação do vírus. Eles não matam o HIV, mas ajudam a evitar que ele se reproduza e enfraqueça o sistema imunológico da pessoa infectada. Por isso, seu uso é fundamental para prolongar o tempo e a qualidade de vida do portador de Aids. Desde 1996 o Brasil distribui gratuitamente o coquetel antiaids para todos que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 19 medicamentos, divididos em cinco classes diferentes. Para combater o HIV é necessário utilizar pelo menos três antirretrovirais combinados, sendo dois medicamentos de classes diferentes.

Atualmente, mais de 6,6 milhões de pessoas nos países subdesenvolvidos recebem tratamento antirretroviral e, segundo Hirnschall, a meta é atingir 15 milhões de pessoas até 2015. “Embora esteja aumentando, a resistência aos remédios não ocorreu nos níveis que alguns analistas esperavam como consequência da rápida intensificação do tratamento antirretroviral”, afirma o diretor. Segundo Hirnschall, o ritmo de desenvolvimento da resistência está diminuindo com o uso de diferentes remédios.

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Nos países mais ricos, como Austrália, Japão, Estados Unidos e os países da Europa, porém, os dados indicam que entre 10% e 17% das pessoas em tratamento estão infectadas com um vírus resistente, pelo menos, a um remédio antirretroviral. A diferença das taxas de resistência entre países ricos e os subdesenvolvidos pode ser resultado do emprego inicial de um só remédio nos países industrializados, em contraste com a introdução de múltiplos remédios no resto do mundo.

Além de revisar os dados sobre a resistência aos remédios entre os infectados pelo HIV entre 2003 e 2010, o relatório assinala que “se a resistência for detectada a tempo, e os pacientes receberem tratamentos variados, as combinações provavelmente serão eficazes para a maioria dos pacientes”. Neste sentido, a OMS enfatizou a importância de um acompanhamento capaz de determinar quando os remédios estão deixando de ser eficazes.

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Medicamento – De acordo com Gottfried Hirnschall, embora ainda existam pessoas com resistência aos antirretrovirais, esses medicamentos, e sua administração adequada, deverão ser a chave para o fim das novas infecções pelo vírus HIV. Segundo o diretor da OMS, além de tratarem pacientes com aids, essas drogas reduzem o risco de transmissão da doença e podem evitar que indivíduos saudáveis sejam infectados através de relações sexuais com parceiros com HIV.

O especialista lembra que, atualmente, há 26 antirretrovirais disponíveis, e que esses medicamentos salvaram cerca de 700.000 vidas em todo o mundo só em 2010 – número considerado ‘extraordinário’, de acordo com Hirnschall.

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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(Com agência EFE)

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