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Região Sul concentra mortes por gripe H1N1 no Brasil

Estado mais atingido pela gripe é Santa Catarina, com 635 casos da doença e 52 mortes. Na última semana, o Paraná apresentou um crescimento de 53% nos casos

Por Da Redação
12 jul 2012, 22h04

De acordo com dados levantados pelo site de VEJA com as secretarias estaduais de saúde, a região sul do país já tem 95 mortes por conta da gripe H1N1 neste ano – no Brasil, segundo dados do dia 3 de julho fornecidos pelo Ministério da Saúde (MS), foram registradas 110 mortes. A região também é a que mais apresenta casos da gripe, com 1.415 doentes diagnosticados – os dados do Ministério da Saúde ainda computam 1.099 casos. No ano passado inteiro, o número de óbitos em todo o país foi bem menor: 27. Em 2010, no entanto, foram 104 mortes.

O estado mais atingido pelo vírus é Santa Catarina, onde 635 pessoas foram infectadas e 52 morreram, segundo dados da Secretaria de Saúde do estado. Desses mortos, 69,2% tinham entre 40 e 60 anos. Os outros tipos de gripe atingiram 1.228 pessoas e mataram 64 no mesmo período.

Na última semana, o Paraná apresentou um crescimento de 53% nos casos de gripe H1N1 registrados, subindo de 381 infectados para 588. Desses pacientes, 14 morreram em decorrência da gripe. No estado também foram diagnosticados 182 casos de outros tipos de gripe, que mataram duas pessoas.

O Rio Grande do Sul teve 192 casos de H1N1 em 2012, e a morte de 29 pessoas. No mesmo período, o estado diagnosticou 749 casos de outros tipos de gripe, e 27 mortes.

Essa diferença no grau de agressividade dos tipos de gripe pode ser explicada pelo fato de o H1N1 só ter aparecido recentemente, em 2009. “Como ele é um vírus novo com o qual a população ainda não teve contato, ele acaba causando sintomas graves em uma taxa maior da população”, diz o médico epidemiologista Stefan Cunha Ujvari, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Como as pessoas não estão imunizadas contra o vírus, o H1N1 acaba provocando mais complicações que os outros tipos, principalmente no pulmão. “Mas a tendência é que a agressividade do vírus diminua com o tempo, como aconteceu com os outros vírus da gripe.”

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“Dentro da média” – Segundo Fabio Galdenzi, diretor da vigilância epidemiológica de Santa Catarina, o número de mortes causadas pela gripe no estado não é alarmante. “Infelizmente, essas mortes não estão fora da média registrada nos últimos anos. A cada ano, o estado costuma registrar cerca de 1.600 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave, um diagnóstico que inclui os vários tipos de gripe. Neste ano, não devemos ficar fora disso”, diz.

O que teria acontecido foi uma mudança no tipo de vírus que atinge o estado: no ano passado, foram registrados cinco casos de H1N1. Segundo Fabio Galdenzi, isso explicaria a baixa imunização da população da área, que ficou mais vulnerável à doença. Mesmo assim, o diretor admite que a doença necessita de uma atenção especial. “Ela tem como característica causar quadros graves não só nos grupos de risco, mas também em adultos jovens saudáveis. Agora, temos que medicar todos os tipos de pacientes”, diz.

O principal remédio para tratar o H1N1 é o oseltamivir, cujo nome comercial é Tamiflu. Por conta do aumento de casos da doença neste ano, o Ministério da Saúde retirou o medicamento da lista de substâncias sujeitas a controle especial. Agora, ele pode ser comercializado nas farmácias com receita médica simples.

Segundo o Ministério o remédio deve ser prescrito às pessoas nos grupos de risco, como crianças, grávidas e idosos, que apresentem os sintomas da gripe e qualquer outro paciente que apresente sintomas mais graves.

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