Quase 8% das crianças brasileiras sofrem de enxaqueca, diz pesquisa inédita
Quadro aumenta problemas de desempenho na escola, além de elevar o risco do surgimento de distúrbios como depressão e ansiedade
Um estudo recente concluiu que 7,9% das crianças brasileiras de cinco a 12 anos têm enxaqueca, ressaltando o fato de que queixas frequentes de dor de cabeça em crianças devem ser levadas a sério. O levantamento, apresentado neste mês no 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, no Rio de Janeiro, é o primeiro a avaliar a prevalência da enxaqueca infantil no país.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Desempenho escolar e comorbidade psiquiátrica em crianças com Migrânea e Cefaleia do Tipo Tensional
Onde foi divulgada: 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, Rio de Janeiro
Quem fez: Marco Antonio Arruda
Instituição: Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento
Dados de amostragem: 5.671 crianças de cinco a 12 anos de idade
Resultado: Cerca de 8% das crianças do Brasil têm enxaqueca, sendo que 0,6% apresentam a forma crônica da doença. O risco de dificuldades na escola quase triplica entre crianças com o problema; e as chances de sintomas como depressão e ansiedade aumentam em quase seis vezes nesses jovens.
Segundo o neurologista Marco Antonio Arruda, diretor do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento e autor do estudo, ao contrário do que muitos pensam, crianças podem, sim, ter enxaqueca. De acordo com o médico, sua pesquisa mostrou que uma criança com o problema pode desenvolver dificuldades emocionais, além de ter o desempenho escolar prejudicado. Os resultados completos do trabalho serão publicados na edição de outubro da revista científica Neurology.
Ao todo, foram avaliadas 5.671 crianças de 18 estados e 87 cidades brasileiras. Seus pais responderam a um questionário validado cientificamente, e os professores dos jovens relataram o desempenho escolar desses alunos. Segundo a pesquisa, apenas 17,9% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça. E, além dos 7,9% que têm enxaqueca episódica, 0,6% apresenta a forma crônica da doença, que se caracteriza por dores em mais de 15 dias por mês.
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Desempenho acadêmico – Quanto ao impacto nas atividades escolares, o levantamento descobriu que, na população com enxaqueca, o risco de ter dificuldade em prestar atenção na aula é 2,8 vezes maior do que entre as crianças saudáveis. Já o risco de ter um desempenho abaixo da média é 32,5% maior entre as com enxaqueca episódica e 37,1% maior entre as com enxaqueca crônica. O problema também é motivo de faltas: 32,5% das crianças com enxaqueca episódica perdem dois ou mais dias de aula por causa da dor. Além disso, os sintomas de depressão e ansiedade têm um risco 5,8 vezes maior de se manifestarem nas crianças com enxaqueca.
De acordo com o neurologista Mario Fernando Prieto Peres, do Hospital Israelita Albert Einstein, os principais sinais de que a criança pode estar sofrendo de enxaqueca, além das queixas frequentes de dor de cabeça, são enjoo, vômito, incômodo com luz ou barulho, relato de alteração visual e de dores pulsantes. O neuropediatra Carlos Takeuchi, do Hospital Infantil Sabará, observa que, no caso das crianças, gatilhos comuns para a cefaleia são excesso de sol, longos períodos de jejum e o consumo de alguns alimentos.
Atualmente, o tratamento para enxaqueca infantil segue três passos: analgésicos para as crises, alteração de hábitos que desencadeiam a dor e, caso as mudanças não sejam suficientes para cessar o problema, aplica-se também um tratamento profilático com medicamento de uso contínuo.
Clique nos vídeos abaixo para saber mais sobre enxaqueca:
Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?.
Qual a diferença entre a dor de cabeça e a enxaqueca?
Com qual frequência a dor de cabeça pode ser considerada crônica?
O que é a cefaleia em salvas?
Qual a incidência de cefaleia na população brasileira?
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Vídeo Mario Peres
Neurologista com p��s-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
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Existe relação entre a dor de cabeça e a alimentação?
Quais os fatores de risco para a enxaqueca?
Dores de cabeça fortes e agudas podem provocar um aneurisma cerebral?
com enxaqueca crônica não devem tomar pílula anticoncepcional?
Quais os principais riscos da automedicação?
A enxaqueca infantil tem predisposição genética?
Qual a relação entre a região da cabeça onde se localiza a dor e sua causa?
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Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?. Vídeo Mario Peres
Neurologista com pós-doutorado na Thomas Jefferson University, Filadélfia, Estados Unidos. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e é professor do curso de pós-graduação de neurologia e neurociências da Escola Paulista de Medicina. Autor do livro Dor de Cabeça – O que ela quer com você?.
A enxaqueca tem cura?
Existe tratamento preventivo e não medicamentoso para a dor de cabeça?
- A enxaqueca tem cura?
- Existe tratamento preventivo e não medicamentoso para a dor de cabeça?
- Informações básicas
- Causas
- Tratamento
*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.
(Com Agência Estado)