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Pesquisadores desenvolvem pomada capaz de combater o câncer de pele

Por meio da nanotecnologia, produto atinge todas as camadas da pele e desativa genes responsáveis pelo surgimento dos tumores

Por Da Redação
3 jul 2012, 20h57

Pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, desenvolveram uma pomada capaz de tratar o câncer em todas as camadas da pele. Segundo o estudo, o produto consegue penetrar nas células, ‘desligando’ apenas os genes específicos responsáveis pelo surgimento dos tumores. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira no periódico Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS).

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NANOTECNOLOGIA

É a parte da ciência que estuda o controle da matéria em escala atômica e molecular, entre um e 100 nanômetros. Um nanômetro equivale a um milímetro dividido em um milhão de partes. Para se ter uma ideia, o fio de cabelo possui uma espessura média de 75.000 nanômetros. Com a nanotecnologia, os cientistas conseguem produzir materiais com propriedades especiais, controlando a forma como eles absorvem e espalham a luz e conduzem eletricidade e calor, por exemplo.

De acordo com os autores, é muito difícil fazer com que um produto de uso tópico atinja as camadas mais profundas da pele devido ao sistema de defesa do nosso corpo contra agentes externos. Mas isso foi possível com o uso de substâncias de espessura mil vezes menor do que a de um fio de cabelo, desenvolvidas por meio da nanotecnologia.

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O material utilizado pelos pesquisadores foi um RNA (ácido núcleico) modificado. Ácidos nucleicos normais não conseguem penetrar nas células. Os que foram usados pelos pesquisadores ficam em volta de uma nanopartícula de ouro, como uma concha, programados para atacar os genes que provocam o câncer de pele. Após um mês de aplicação da pomada na pele de camundongos e em amostras de epiderme humana, os cientistas observaram que os testes foram bem-sucedidos e não demonstraram efeitos secundários negativos.

Leia também: FDA autoriza nova droga que combate câncer de pele

A pomada, explicam os pesquisadores, tem como objetivo inicial tratar o melanoma e o carcinoma de células escamosas, os dois tipos mais comuns de câncer de pele. Porém, eles acreditam que a abordagem possa ser utilizada em outras doenças de pele com causas genéticas e até mesmo outros problemas de pele, como as rugas que surgem naturalmente com a idade. “Esse é um marco na área de regulação dos genes. Concluímos que é possível tratar um problema de pele com precisão e riscos minimizados. Nós, agora, também podemos ir atrás de tratamentos para outros conjuntos de doenças”, afirmam os autores.

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