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Pesquisadores estudam vacina para vários tipos de câncer

Ela só foi testada em camundongos, mas é a primeira a 'treinar' o sistema imunológico a identificar as células cancerígenas, garantem os pesquisadores

Por Da Redação
12 dez 2011, 19h26

Um grupo de cientistas dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira o desenvolvimento de uma vacina que ataca vários tipos de tumores, o que poderá ajudar no tratamento de câncer de mama, colo, ovário e pâncreas. A vacina mostrou-se promissora em ratos de laboratório, mas sua eficácia ainda precisa ser confirmada com testes em humanos, destacaram os pesquisadores.

Geert-Jan Boons, coautor da pesquisa
Geert-Jan Boons, coautor da pesquisa (VEJA)

“Esta vacina provoca uma resposta imunológica muito forte e ativa três componentes do sistema imunológico para reduzir o tamanho do tumor, em média em 80%”, revelou um dos autores do estudo, Geert-Jan Boons, professor de química e pesquisador do Centro de Câncer da Universidade da Geórgia.

A vacina funciona como um míssil inteligente. Ela orienta o sistema imunológico a atacar os tumores que carregam uma proteína conhecida por MUC1 na superfície de suas células, revela o artigo publicado na revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS – Proceedings of the National Academy of Sciences). A MUC1 é encontrada em mais de 70% dos tipos agressivos de câncer, incluindo na maioria dos tumores malignos de mama, pâncreas e em vários melanomas.

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Treinamento – “Esta é a primeira vez que se desenvolve uma vacina que ‘treina’ o sistema imunológico a distinguir e matar células cancerígenas baseando-se em suas diferentes estruturas de açúcar em proteínas, como a MUC1”, destacou outra autora da pesquisa, Sandra Gendler, professora da Clínica Mayo, no Arizona.

A proteína MUC1 também é encontrada em 90% das pacientes que apresentam um tipo de câncer de mama conhecido como tumor “triplo negativo”, que não respondem a tratamentos hormonais como o Tamoxifeno, a inibidores de aromatase ou ao remédio Herceptin.

“Estas pacientes precisam urgentemente de novos tratamentos para combater seu câncer e apenas nos Estados Unidos há 35 mil casos diagnosticados a cada ano de triplo negativo”, destacou Boons. “Poderemos ter uma terapia para um grande número de pacientes que atualmente não contam com terapia farmocológica, e dependem apenas da quimioterapia.”

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A vacina contra a MUC1 poderá ser utilizada em combinação com quimioterapia e como medida preventiva em pacientes com alto risco de desenvolver certos tipos de câncer.

Boons, Gendlser e sua equipe estão trabalhando com a vacina em células cancerígenas humanas em laboratório e poderão começar a Fase I de testes clínicos para provar sua segurança no final de 2013.

(Com Agência France-Presse)

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