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Perder o emprego eleva risco de ataque cardíaco

Segundo pesquisa, ficar desempregado, dependendo de quantas vezes isso acontece, pode aumentar o risco de um infarto tanto quanto o tabagismo

Por Da Redação
20 nov 2012, 19h32

A instabilidade profissional – ou seja, ficar desempregado uma ou várias vezes – é prejudicial à saúde do seu coração. Segundo uma nova pesquisa da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, Estados Unidos, perder o emprego aumenta o risco de uma pessoa sofrer um infarto. O estudo, publicado na edição deste mês da revista Archives of Internal Medicine, ainda mostrou que, quando isso acontece muitas vezes com a mesma pessoa, a chance de um ataque cardíaco chega a ser a mesma de um fumante.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Cumulative Effect of Unemployment on Risks for Acute Myocardial Infarction

Onde foi divulgada: revista Archives of Internal Medicine

Quem fez: Matthew E. Dupre, Linda K. George, Guangya Liu e Eric D. Peterson

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Instituição: Universidade de Duke, Estados Unidos

Dados de amostragem: 13.451 pessoas de 51 a 75 anos

Resultado: Em comparação com pessoas que nunca ficaram desempregadas, estar sem trabalhar aumenta em 35% o risco de um infarto; já ter perdido o emprego alguma vez na vida eleva essa chance em 22%; e ter perdido o emprego quatro vezes aumenta a probabilidade em 63%

Esse trabalho olhou para a saúde de 13.451 pessoas de 51 a 75 anos que foram acompanhados de 1992 a 2010. Durante esse período, 1.061 indivíduos tiveram um ataque cardíaco. De acordo com os resultados, em comparação com pessoas que nunca haviam perdido seus empregos, aquelas que estavam desempregadas apresentaram um risco 35% maior de ter um ataque no período do estudo.

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Além disso, a pesquisa concluiu que quanto mais vezes uma pessoa já ficou desempregada, maiores as chances. Em comparação aos participantes que nunca haviam ficado desempregados, quem perdeu o emprego uma vez apresentou chances 22% maiores de enfartar, enquanto esse risco foi 63% maior entre quem ficou desempregado quatro vezes. Segundo os autores, essa probabilidade é equivalente a outros fatores de risco para infarto, como tabagismo, pressão alta e ter diabetes tipo 2. Os pesquisadores ainda indicaram que o risco de ataque cardíaco é especialmente maior até 12 meses após perder o emprego.

Em um comentário que acompanhou o estudo, Willian Gallo, pesquisador da Universidade da Cidade de Nova York, nos Estados Unidos, afirmou que essa pesquisa deve incentivar outros especialistas a entender melhor de que forma os fatores socioeconômicos, entre eles o desemprego, afetam a saúde. “Há provas suficientes sobre a influência negativa que a perda de um emprego tem sobre a saúde. Estudos futuros devem identificar quais são as melhores intervenções para prevenir doenças em pessoas mais vulneráveis.”

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