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SUS vai tratar com antirretroviral todos os portadores do vírus da aids

Ministério da Saúde anunciou neste domingo que medida visa melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir a chance de transmissão

Por Da Redação
1 dez 2013, 14h38

O Ministério de Saúde anunciou neste domingo uma nova política do programa de combate à aids. A partir de agora, o portador do vírus receberá tratamento com antirretrovirais no Sistema Único de Saúde (SUS) assim que receber o teste positivo no HIV. “O objetivo da medida é reduzir as possibilidades de transmissão e oferecer melhor qualidade de vida ao paciente”, explicou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério, Jarbas Barbosa, em evento no Dia Mundial de Luta contra a Aids, no Rio de Janeiro.

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Atualmente, a indicação para início da terapia ocorre somente quando o paciente apresenta sintomas da doença, como perda de peso, febre, diarreia e fadiga. De acordo com Barbosa, o tratamento reduz a carga viral e diminui a propagação do HIV. A estimativa é incluir mais 100.000 pessoas no tratamento, em 2014, com a mudança de protocolo. Desde o início da oferta de antirretrovirais pelo sistema de saúde, há dezessete anos, 313.000 pessoas foram atendidas. “Esse novo protocolo clínico mudará a história da epidemia da Aids no Brasil”, disse o secretário, sobre a mudança no tratamento.

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O Ministério da Saúde também informou que está adotando como teste o medicamento 3 em 1 – três remédios diferentes em um só comprimido – no Rio Grande do Sul e no Amazonas.

Outra medida anunciada foi o estudo para ampliação da profilaxia contra a doença na rede básica de saúde. A meta é oferecer medicamento de prevenção, que deve ser tomado em 72 horas após a provável exposição ao HIV.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, durante o evento, que o Brasil voltou a liderar o ranking mundial no tratamento da Aids, mas que vencer o estigma é o principal desafio. “As pessoas não podem ter vergonha de fazer o teste”, disse.

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Epidemia – Segundo o Boletim Epidemiológico sobre aids no Brasil, divulgado também neste domingo pelo Ministério da Saúde, a epidemia da doença avança entre a população jovem, sobretudo entre o grupo masculino gay.

Em 2011, o país registrou 40 535 casos de infecção pelo HIV, uma marca que até então nunca havia sido alcançada. Em 2012, os números foram um pouco menores: 39 185 casos. Esse indicador, no entanto, pode mudar – em razão do atraso nas notificações, ao longo do ano, ajustes geralmente são realizados. Considerando os números apontados em 2012, o Brasil registra um aumento geral de casos de 12% em relação a 2005, quando 34.828 pacientes com a doença foram contabilizados.

Segundo o boletim, a incidência da infecção pelo HIV entre pessoas de 15 a 24 anos passou de 8,1 a cada 100 000 habitantes em 2005 para 11,3 a cada 100 000 em 2012. As taxas são empurradas pelo comportamento entre o grupo masculino jovem. Nesse período, os números entre esse grupo cresceram 81%: saíram de 1 454 casos registrados para 2 635. Entre as mulheres jovens, a tendência é inversa: nesta faixa etária, houve uma queda de 4% do número de casos.

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Entre homossexuais masculinos, de todas as idades, a taxa de prevalência passou de 22,7 para cada 100 000 habitantes em 2005 para 32 por 100 000, em 2012 – um número bem maior do que a taxa geral brasileira, que é de 20,2. Além disso, em 2012 foram registrados 475 casos de transmissão do HIV da mãe para o bebê durante a gestação. A infecção pode ser evitada com o uso de antirretrovirais.(Com Estadão Conteúdo)

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