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OMS recomenda que gays tomem antirretrovirais para combater a aids

"A epidemia está disparando", advertiu diretor do departamento de HIV da OMS

Por Da Redação
11 jul 2014, 20h44

O número de infecções pelo vírus da aids está aumentando entre homossexuais em várias partes do mundo, advertiu nesta sexta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), que recomendou que este grupo tome antirretrovirais para prevenir o contágio do vírus.

“A epidemia está disparando”, advertiu Gottfried Hirnschall, diretor do departamento de vírus da imunodeficiência humana (HIV) da OMS. De acordo com ele, a evolução da medicação e da sobrevida do portador do HIV fizeram com que as campanhas de prevenção diminuíssem e as infecções voltassem a aumentar entre os gays.

Homens gays – Esse grupo tem um risco dezenove vezes maior que o resto da população de contrair o vírus. Em Bangcoc, na Tailândia, por exemplo, a aids afeta 5,7% dos homens que mantêm relações sexuais com outros homens, ante 1% da população geral. Nas novas orientações, a OMS recomenda que os homossexuais considerem tomar antirretrovirais como método preventivo contra o HIV.

Em maio, as autoridades de saúde americanas recomendaram que todos os grupos de risco tomassem antirretrovirais, especialmente os homens gays, para reduzir o número de novas infecções, estável há vinte anos. Segundo a OMS, tomar regularmente um comprimido que combina dois antirretrovirais, além de usar preservativos, diminui a probabilidade de contágio entre 20% e 25%, o que equivale a 1 milhão de novas infecções nesse grupo em dez anos.

As recomendações também se aplicam a outras populações de risco, como os transexuais, a população carcerária, os viciados em drogas e as prostitutas, que representam cerca da metade das novas infecções anuais. “Ao mesmo tempo, são esses grupos os que costumam ter menos acesso à saúde, o que leva ao aumento de infecções”, declarou Rachel Baggaley, do departamento de HIV da OMS.

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Gottfried Hirnschall afirma que a opção de tomar medicamentos deve ser considerada principalmente por pessoas em um relacionamento no qual um parceiro é HIV positivo e o outro negativo. “Os estudos realizados não mostram efeitos colaterais muito grandes. Mas trata-se de medicamentos, e isso precisa ser levado em consideração”, disse.

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Avanços desiguais – No fim de 2013, 13 milhões de pessoas com HIV estavam sob o tratamento de antirretrovirais, o que diminui drasticamente a mortalidade pela aids. No entanto, Hirnschall afirma que os “avanços foram desiguais”, já que os governos têm tendência a privilegiar as campanhas de prevenção para a população geral e descuidam dos grupos de risco. “Essas pessoas não vivem isoladas. As prostitutas e seus clientes têm maridos, mulheres e parceiros. Alguns usam drogas e muitos têm filhos”, completa.

O cenário é especialmente dramático na África subsaariana, onde se encontram 71% dos 35,3 milhões de pessoas no mundo que estão infectadas pelo HIV, indicou o especialista da OMS. A entidade também recomenda o uso do preservativo, testes gratuitos de HIV, tratamento de indivíduos de risco com antirretrovirais, circuncisões gratuitas e programas de troca de seringas para os usuários de drogas.

(Com Agência France-Presse)

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