Nova York veta mamadeiras com bisfenol A
Substância já havia sido proibida em outros seis estados americanos. No Brasil, é alvo de inquérito do Ministério Público Federal
O bisfenol A simula no organismo a ação do hormônio feminino estrogênio e pode causar desequilíbrio no sistema endócrino.
O estado americano de Nova York proibiu a venda de mamadeiras e outros produtos infantis que contenham bisfenol A (BPA), substância suspeita de causar doenças como câncer, diabete, obesidade e infertilidade. O BPA já havia sido proibido em outros seis estados americanos e, no Brasil, é alvo de inquérito do Ministério Público Federal.
Presente no policarbonato – um tipo de plástico rígido e transparente – e também na resina epóxi que reveste latas de alimentos, o BPA simula no organismo a ação do hormônio feminino estrogênio e pode causar desequilíbrio no sistema endócrino. Como estão em rápido desenvolvimento e têm pouca massa corporal, os bebês são mais vulneráveis aos efeitos colaterais da substância. Além disso, muitos pais costumam esquentar o leite dentro da mamadeira e o aquecimento favorece a liberação do químico.
Canadá, Costa Rica e Dinamarca já baniram a substância. No Brasil, o procurador federal Jefferson Dias decidiu abrir um Inquérito Civil Público para exigir da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarecimentos sobre a quantidade da substância presente em produtos de plástico. Há, ainda, dois projetos de lei que propõem o banimento do BPA no Brasil. No início do ano, a Food and Drug Administration (FDA), agência que controla alimentos e remédios nos Estados Unidos, manifestou preocupação em relação aos prejuízos causados pelo BPA.
(Com Agência Estado)