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Nova gripe aviária pode ser transmitida entre mamíferos

Estudo mostra que nova cepa do vírus pode ser propagada entre furões por via aérea, o que sugere a mesma capacidade de transmissão entre humanos

Por Da Redação
24 Maio 2013, 15h26

Um novo estudo publicado nesta quinta-feira na revista Science mostra que a nova cepa do vírus da gripe aviária H7N9 tem a capacidade de ser transmitida entre mamíferos, inclusive por via aérea. Segundo os pesquisadores da Universidade de Hong Kong, isso demonstra que o vírus poderia, em condições específicas, ser propagado também entre seres humanos, aumentando o risco de uma pandemia.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Infectivity, Transmission, and Pathology of Human H7N9 Influenza in Ferrets and Pigs

Onde foi divulgada: periódico Science

Quem fez: H. Zhu, D. Wang, D. J. Kelvin, L. Li, Z. Zheng, S.-W. Yoon, S.-S. Wong, A. Farooqui, J. Wang, D. Banner, R. Chen, R. Zheng, J. Zhou, Y. Zhang, entre outros

Instituição: Universidade de Hong Kong, entre outras

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Dados de amostragem: Seis furões infectados com o vírus H7N9, três furões sadios colocados na mesma jaula e outros três colocados em jaulas próximas.

Resultado: Todos os três animais colocados na mesma jaula foram infectados com o vírus. Um dos animais na jaula vizinha também foi infectado, demonstrando que o vírus pode ser transmissível por via aérea.

A nova cepa do vírus da gripe aviária apareceu em março deste ano, no leste da China, infectando 131 pessoas e matando 36. A maioria dos doentes havia tido contato com aves, indicando que a irradiação havia se dado a partir desses animais. Até agora, a Organização Mundial da Saúde (OMS) dizia não haver indícios de transmissão entre humanos.

Nesta pesquisa, os cientistas infectaram seis furões com o novo vírus. Um dia depois, três furões sadios foram colocados na mesma jaula que os infectados, e outros três em uma jaula vizinha. Os três que estavam na mesma jaula contraíram a doença. Um dos animais da jaula vizinha também foi infectado, demonstrando que a transmissão pode se dar inclusive pelo ar.

Segundo os pesquisadores, isso pode significar que, em situações semelhantes, a doença também poderia ser transmitida entre seres humanos. “As descobertas sugerem que uma ameaça de pandemia não pode ser excluída”, disse a equipe de pesquisa, comandada pelo biólogo Yi Guan.

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Infecção – Os cientistas descobriram que alguns animais contaminados não desenvolveram febre e outros sinais clínicos, indicando que infecções sem sintomas entre humanos são possíveis. Isso tornaria o vírus ainda mais difícil de detectar e de controlar.

Outra experiência mostra que o vírus também pode contaminar porcos, mas não tem como ser transmitido entre eles ou deles para outros animais. Mesmo assim, a equipe pediu às autoridades para manter a vigilância e evitar uma mutação que resulte em um vírus mais perigoso.

A OMS considerou o estudo bom, mas advertiu que deve-se tomar cuidado com a interpretação dos resultados desse tipo de pesquisa. “Estudos como esse são realmente úteis para aumentar o conhecimento geral, e este é muito útil para saber que, sob condições de laboratório, este vírus poderia transferir-se de pessoa para pessoa”, disse o principal porta-voz da OMS, Gregory Hartl.

O H7N9 apresentou sintomas relativamente brandos nos furões, e todos eles se recuperaram em no máximo sete dias, segundo o estudo. Os pesquisadores disseram que os pacientes humanos que morreram em decorrência da doença tinham outras complicações de saúde.

Há poucos dias, a OMS disse que o H7N9 parecia ter sido controlado na China graças a restrições impostas a mercados de aves. Nenhum novo caso foi registrado desde o começo de maio.

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(Com Agência France-Presse e Reuters)

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