Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Mutação aumenta risco de Alzheimer em até cinco vezes

Variação do gene TREM2 está associada a um risco de três a cinco vezes maior do aparecimento da doença entre idosos

Por Da Redação
16 nov 2012, 13h41

Cientistas encontraram uma estranha mutação genética que parece triplicar o risco de desenvolver Alzheimer (uma enfermidade neurodegenerativa caraterizada pela lenta e progressiva perda das funções cognitivas). O achado proporciona importantes pistas sobre como funciona essa doença, incurável até o momento. Duas equipes independentes chegaram ao mesmo resultado, publicado nesta quarta-feira em dois estudos da revista médica semanal New England Journal of Medicine. De acordo com as pesquisas, uma mutação do gene TREM2, que ajuda a controlar as respostas do sistema imunológico, está associada a um risco de três a quatro vezes maior do aparecimento de Alzheimer entre idosos.

A característica do Alzheimer é a acumulação de placas de proteínas na superfície dos neurônios e emaranhados fibrosos no tecido cerebral. Nos corpos sem a doença, as moléculas inflamatórias do sistema imunológico ajudam a limpar esta acumulação antes de ela se converter em um problema.

A função do gene TREM2 é manter a resposta inflamatória sob controle, para evitar que as moléculas inflamatórias danifiquem o tecido saudável. Contudo, a pesquisa preliminar indicou que a mutação do TREM2 poderia deixar o sistema imunológico prejudicado, impedindo que as moléculas inflamatórias façam o seu trabalho. “Enquanto a mutação genética que encontramos é extremamente rara, seu efeito no sistema imunológico é um forte indicador de que esse sistema pode ser chave na enfermidade”, disse a pesquisadora da University College de Londres Rita Guerrero, coordenadora de um dos estudos.

Não é provável que essa mutação, por si só, seja suficiente para causar a enfermidade. Acredita-se que uma combinação de fatores hereditários contribua para o desenvolvimento do Alzheimer. Os pesquisadores disseram que identificar essa mutação e seu possível papel no desenvolvimento do Alzheimer é um passo importante. “Esse é um passo para que possamos desenvolver tratamentos e intervenções para pôr fim a um dos maiores problemas de saúde deste século”, disse Peter St. George-Hyslop, da Universidade de Toronto, no Canadá.

Outro dos principais pesquisadores, Kevin Morgan, da Universidade de Nottinghan, na Inglaterra, disse que “o risco associado a essa nova variante é o maior até o momento e anuncia uma nova era na pesquisa genética (do Alzheimer)”. “Finalmente estamos começando a presenciar importantes avanços que, com sorte, terão como resultado o desenvolvimento de terapias para ajudar a aliviar essa condição devastadora”, acrescentou.

Continua após a publicidade

Os cientistas disseram que, potencialmente, poderiam desenvolver novos medicamentos para controlar o gene TREM2 e impedir que interfira excessivamente na resposta inflamatória. Um dos estudos foi realizado por uma equipe internacional de pesquisadores com base na Grã-Bretanha, Canadá e Estados Unidos, utilizando uma base de dados de 25.000 pessoas. O outro foi realizado por pesquisadores da Islândia, que utilizaram dados de 2.261 idosos do país e logo confirmaram os resultados com mostras representativas da população nos Estados Unidos, Noruega, Países Baixos e Alemanha.

Clique nas perguntas abaixo para saber mais sobre a doença de Alzheimer:

  • Causas
  • Prevenção
  • Tratamento

David Schlesinger, pesquisador no Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein fala sobre a doença de Alzheimer. Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

O que é a doença de Alzheimer?

Como o Alzheimer afeta a nossa memória?

Existe alguma causa específica para o Alzheimer?

O Alzheimer é hereditário?

  • O que é a doença de Alzheimer?
  • Como o Alzheimer afeta a nossa memória?
  • Existe alguma causa específica para o Alzheimer?
  • O Alzheimer é hereditário?

Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

Continua após a publicidade

Existe alguma doença que possa desencadear o Alzheimer?

Quais são os principais sintomas?

Com qual idade começam a aparecer os primeiros sintomas?

Existe algum exame que possa detectar a doença precocemente?

Vitaminas ou alimentos podem proteger contra a doença?

É possível se prevenir contra a doença?

  • Existe alguma doença que possa desencadear o Alzheimer?
  • Quais são os principais sintomas?
  • Com qual idade começam a aparecer os primeiros sintomas?
  • Existe algum exame que possa detectar a doença precocemente?
  • Vitaminas ou alimentos podem proteger contra a doença?
  • É possível se prevenir contra a doença?

Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

Existe cura para o Alzheimer?

Quais são os tratamentos mais promissores?

Como as células-tronco podem mudar o tratamento da doença no futuro?

Qual o tratamento mais utilizado hoje em dia?

  • Existe cura para o Alzheimer?
  • Quais são os tratamentos mais promissores?
  • Como as células-tronco podem mudar o tratamento da doença no futuro?
  • Qual o tratamento mais utilizado hoje em dia?

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

Continua após a publicidade

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.