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Mosquito da dengue e febre amarela é atraído por dióxido de carbono e odores exalados pelos humanos

Para pesquisadores, a descoberta pode ajudar na elaboração de armadilhas mais eficazes contra os insetos

Por Da Redação
1 out 2011, 15h16

É por meio do dióxido de carbono que exalamos e do odor da nossa pele que os mosquitos nos encontram, afirma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia. De acordo com o estudo, por meio desses cheiros as fêmeas dos insetos conseguem encontrar quem picar e, assim, espalhar doenças como dengue e febre amarela.

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DENGUE

É a doença endêmica mais disseminada no Brasil, presente em todos os estados. Causa febre aguda, e pode matar. Os sintomas podem não aparecer ou também se manifestar por dores de cabeça, febre e dores no corpo. Transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti, criados preferencialmente em ambientes onde há focos de acúmulo de água parada. O inseto transmite o vírus do gênero Flavivírus, pertencente à família Flaviviridae. Possui quatro tipos conhecidos: 1, 2, 3 e 4.

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FEBRE AMARELA

É um vírus transmitido por mosquitos por duas formas: urbana e silvestre. Somente esta última existe no Brasil atualmente, transmitida por macacos silvestres. É uma doença infecciosa febril aguda, sua gravidade é variável, lesa principalmente o fígado e pode matar por insuficiência hepática. Só existe na América do Sul e na África. Os transmissores são os mosquitos infectados pelo vírus do gênero Flavivirus. Nas regiões urbanas, por exemplo, é transmitida pelo Aedes aegypti.

O estudo, publicado no The Journal of Experimental Biology, constatou que as fêmeas do Aedes aegypti, responsáveis por transmitir febre amarela e dengue, são atraídas primeiramente pelo dióxido de carbono. Somente depois seguem os odores característicos da pele para, eventualmente, aterrissar em um hospedeiro humano.

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Os pesquisadores filmaram o voo das fêmeas do mosquito da febre amarela dentro de um túnel de vento. Foi observado que esses insetos voaram somente por pouco tempo contra sopros leves de dióxido de carbono, mas persistiram contra nuvens turbulentas da substância, situação esta que imitava a presença de um hospedeiro humano. Por outro lado, quando se tratava de odores humanos, a orientação dos mosquitos foi melhor quando o cheiro era vasto e invariável em sua intensidade, assim como poderia ocorrer na aproximação de um hospedeiro em potencial.

Ring Cardé, professor de entomologia da Universidade da Califórinia e principal autor do estudo, explica que o dióxido de carbono é percebido mais facilmente pelos mosquitos, enquanto a resposta aos odores da pele humana requer uma exposição mais longa para provocar o voo dos mosquitos. “A sensibilidade dos mosquitos ao dióxido de carbono permite que os insetos respondam quase instantaneamente até mesmo às menores quantidades de gases”, explica o pesquisador.

O dióxido de carbono é capaz de atrair sozinho esses mosquitos, sem precisar da assistência de outros odores. Entretanto, os odores da pele só se tornam significativos quando o mosquito está perto do hospedeiro e pode escolher onde picar. O pesquisador explica que a sensibilidade dos mosquitos a odores da pele aumentou de 5 a 25 vezes após receber um sopro de dióxido de carbono.

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Para os autores do estudo, essa pesquisa pode ajudar os cientistas a desenvolver armadilhas efetivas para capturar esses mosquitos e combater as doenças que transmitem.

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