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Mais Médicos começa com faltas e desistências

Na capital carioca, o número de médicos que faltaram no primeiro dia do programa supera o de profissionais que compareceram

Por Cecília Ritto e Mariana Janjacomo
2 set 2013, 20h52

O primeiro dia do programa Mais Médicos foi marcado por faltas e desistências por parte dos médicos brasileiros. Em algumas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhum dos profissionais selecionados compareceu às unidades de saúde a que foram alocados – entre os que faltaram, uma parte nem sequer justificou sua ausência. Segundo as secretarias de saúde, alguns profissionais chegaram a comunicar oficialmente sua desistência do programa federal.

Na capital carioca, o número de faltosos foi maior do que o de presentes. Eram esperados dezesseis profissionais, mas só seis se apresentaram. Todos os que trabalharão na cidade são brasileiros e apenas um passa pelo curso de requalificação por ter se formado na Espanha – o que explica a ausência.

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Os médicos se encontraram com o secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, na Clínica da Família Nildo Aguiar, em Realengo, na manhã desta segunda-feira. Três irão para duas clínicas da família e outros três para centros municipais de saúde, com atendimento ambulatorial. Os profissionais vão atender a Zona Oeste, nos bairros de Realengo e Bangu, e a Zona Norte, em Fazenda Botafogo e Guadalupe.

Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, o início do programa também ficou aquém do esperado. A cidade, a aproximadamente 25 quilômetros da capital, receberia o segundo maior contingente de profissionais no estado, com um total de treze médicos. No entanto, só cinco compareceram ao primeiro dia de trabalho. Dois deles são estrangeiros, um colombiano e um português, e têm até 16 de setembro para se apresentarem. O restante, no entanto, não tem a mesma desculpa: os onze são fluminenses ou paulistas formados em faculdades de medicina do Rio de Janeiro – ou seja, não vieram de longe por causa do programa. Parte deles reside no município do Rio.

Sandro Fernandes, coordenador do programa Saúde da Família de Caxias, para onde irão doze médicos, pretende cancelar o mais rápido possível as matrículas para abrir vagas a outros profissionais. “Alguns devem ter desistido. Há algumas semanas, selecionados vieram aqui em Caxias e ficaram em dúvida. Hoje tivemos mais um sinal de que alguns não comparecerão. Estamos tentando entrar em contato com esses profissionais para liberar a vaga para novos médicos”, diz. Ainda de acordo com ele, há duas possíveis explicações para a desistência dos médicos: a carga horária de 40 horas semanais e a necessidade de trabalhar em atenção básica. De acordo com Fernandes, os médicos que seriam alocados em Caxias são, em grande parte, recém-formados ou profissionais que trabalham em hospitais de grande porte.

São Paulo — Em São Paulo, dos 23 municípios inscritos no Mais Médicos, em ao menos seis cidades ocorreram faltas e desistências. No município de Americana, situado na região metropolitana de Campinas, os dois médicos selecionados não apareceram nem justificaram a ausência. Em Campinas, eram esperados cinco médicos brasileiros, mas apenas três compareceram – os outros dois anunciaram, por meio de comunicado, que haviam desistido da missão. Segundo a secretaria de saúde da cidade, a população aguarda ainda a chegada de dois médicos brasileiros formados no exterior, que devem começar a trabalhar no dia 16 de setembro.

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De acordo com nota divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, na capital paulista, cinco dos seis profissionais esperados se apresentaram para obter mais informações relacionadas à documentação e trâmites necessários para iniciar o atendimento. Em Barueri, eram esperados três profissionais, mas apenas dois apareceram: um brasileiro e um boliviano que já morava no Brasil. O médico ausente também é boliviano e reside no Brasil.

No Guarujá, onde quatro brasileiros eram esperados, nenhum compareceu. O único médico que havia confirmado sua presença na cidade enviou um comunicado avisando de sua desistência. Em Carapicuíba, dos quatro médicos confirmados, apenas um se apresentou nesta segunda-feira.

Programa – O salário de 10.000 reais por mês só será repassado pelo governo federal aos médicos do programa que tiverem apresentado os documentos pessoais, o diploma, o registro profissional e o termo de adesão assinado, segundo informou o ministério da Saúde através de nota. Cabe aos gestores locais, de cada cidade, confirmar até o dia 12 de setembro os nomes dos profissionais que começaram a trabalhar. Depois desse prazo, o médico que não estiver trabalhando será excluído do sistema.

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