Libéria vai processar homem que levou ebola para os EUA
Autoridades do país africano dizem que, em questionário aplicado no aeroporto, paciente mentiu sobre ter tido contato com pessoas infectadas
Por Da Redação
2 out 2014, 16h36
Autoridades da Libéria disseram nesta quinta-feira que Thomas Eric Duncan, o primeiro paciente diagnosticado com ebola nos Estados Unidos, será processado por ter mentido no questionário de monitoramento aplicado pelos aeroportos do país africano.
Duncan viajou da Libéria ao Texas para visitar familiares e começou a apresentar sintomas do ebola dois dias após desembarcar, em 24 de setembro. Ele procurou ajuda média no dia 26, mas foi mandado de volta para casa com prescrição de antibiótico. No dia 28, quando o seu estado piorou, voltou ao Hospital Presbiteriano de Dallas e está internado em isolamento desde então.
Por causa da atual epidemia de ebola na Libéria, pessoas que deixam o país são questionadas sobre se tiveram contato com alguma pessoa infectada pelo vírus ou com o corpo de alguém que morreu pela doença.
De acordo com o presidente do conselho de diretores da Autoridade do Aeroporto da Libéria, Binyah Kesselly, Duncan respondeu não para essas perguntas. Porém, vizinhos do paciente dizem que, dias antes de deixar a Libéria, ele ajudou a carregar para um táxi uma grávida que depois morreu por ebola. Não está claro, no entanto, se Duncan sabia do diagnóstico da mulher quando viajou para os Estados Unidos. Segundo Binyah Kesselly, o caso impôs um “estigma” para liberianos que moram fora do país.
Nesta quinta-feira, o Hospital Presbiteriano de Dallas informou que Duncan segue em estado grave. “Os médicos e enfermeiros da equipe continuam a fornecer tratamento de qualidade ao paciente diagnosticado com o vírus ebola”, disse o hospital em comunicado.
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Epidemia – Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o total de mortes causadas pela atual epidemia do vírus ebola alcançou 3.338 pessoas e o número de casos prováveis, confirmados e suspeitos soma 7.178.
Os países afetados são Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal e Serra Leoa. A agência alerta que o número de casos pode crescer exponencialmente, com mais de 20.000 infectados até o começo de novembro, se novas medidas não forem adotadas para conter o vírus.
Propagação – O chefe da missão para combater o ebola da Organização das Nações Unidas (ONU), Anthony Banbury, disse nesta quinta-feira que existe uma chance, embora pequena, de o vírus ebola sofrer uma mutação e passar a ser transmitido pelo ar. Atualmente, o contágio ocorre por meio do contato com secreções de pessoas infectadas, como suor, urina e sangue. Em entrevista ao jornal britânico The Telegraph, Banbury explicou que, quanto mais o vírus se propagar, maior é esse risco.
(Com Estadão Conteúdo e Reuters)
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