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Hepatite cresce 57% em cinco anos entre paulistanos

Maioria dos infectados são homens. Estilo de vida aumenta risco de contágio

Por Da Redação
17 Maio 2011, 13h38

A cidade de São Paulo registrou um aumento de 56,9% no número de diagnósticos de hepatites virais em cinco anos, segundo dados do Ambulatório de Hepatites do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids (CRT DST/Aids), ligado à Secretaria Estadual de Saúde. Em 2004, quando a unidade iniciou suas atividades, foram identificados 388 casos da doença, número que pulou para 609 em 2009 – ano do último dado consolidado disponível.

Tanto em homens como em mulheres diagnosticados com hepatite, o tipo C foi o mais prevalente na amostra do CRT, justamente a forma mais perigosa da doença, associada à evolução de quadros de cirrose. O contato com sangue contaminado é a forma mais comum de transmissão – um alicate de unha não esterilizado, por exemplo, pode transmitir o vírus. Entre os pacientes do sexo masculino contaminados, 51,8% eram portadores do tipo C, índice que chegou a 69,8% na população feminina.

Vírus da hepatite isolado
Vírus da hepatite isolado (VEJA)

No caso do tipo B, de contágio prioritariamente sexual, a proporção de infectados entre os homens é quase o dobro em relação às mulheres: 33,1% dos pacientes masculinos diagnosticados com hepatite tinham essa variante da doença, ante 18,1% das mulheres. Mas já é possível, via Sistema Único de Saúde (SUS), se vacinar contra o tipo B, possibilidade que não existe para o subtipo C.

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No total, o CRT diagnosticou 4.164 casos de hepatites virais entre 2004 e 2009, sendo que a doença se mostrou predominante entre os homens, que representaram quase 70% dos casos. Para o hepatologista Fernando Pandullo, do Hospital Israelita Albert Einstein, isso pode ser resultado da maior exposição masculina à atividade sexual desprotegida, uso de drogas e riscos de ferimentos – formas de contaminação associadas à doença.

Segundo Pandullo, a hepatite é uma doença geralmente esquecida pela população. “A maioria das pessoas tem medo de morrer do coração ou de câncer, mas esquece de quadros crônicos, como a hepatite, e não pede para os médicos pesquisarem a presença desses vírus”. A própria característica da hepatite, doença que geralmente não provoca sintomas, agrava ainda mais a situação.

(Com Agência Estado)

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