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Finlandeses descobrem novo tratamento contra a esquizofrenia

Em alta dosagem, a droga famotidina, usada contra a azia, ajuda a reduzir os sintomas da doença com menos efeitos colaterais

Por Da Redação
3 jul 2013, 16h50

“A famotidina não deve ser indicada para o tratamento da esquizofrenia até que o uso prolongado de altas doses seja comprovado como seguro” – Jasper Ekelund, coordenador do estudo

Um medicamento usado para tratar azia pode reduzir os sintomas da esquizofrenia. É o que aponta um estudo realizado por uma equipe da Universidade de Helsinque, na Finlândia. Segundo a pesquisa, em altas dosagens diárias (200 miligramas), a famotidina consegue penetrar no cérebro e provocar uma reação em cadeia que leva à redução dos sintomas da doença – com menos efeitos adversos do que as drogas usadas atualmente.

Coordenada por Jesper Ekelund, a equipe de Helsinque demonstrou que doses diárias de 200 miligramas (cinco vezes maior do que a dose usada para azia) eram suficientes para que a famotidina ultrapassasse a barreira de proteção do cérebro. Ao agir nos neurônios, a droga afetava o sistema histamínico do cérebro (envolvido em diversas funções do sistema nervoso central). “Após uma semana, os sintomas começaram a diminuir. Depois de quatro semanas de tratamento, os sintomas tinham diminuído de uma maneira estatisticamente significante”, diz Ekelund.

Pesquisa – Trinta pessoas com esquizofrenia participaram do estudo. Elas foram randomicamente divididas em dois grupos: um recebeu famotidina, o outro, placebo. Todos os pacientes que tomaram famotidina tiveram alguma melhora nos sintomas, enquanto os sintomas daqueles que tomavam placebo não se alteraram.

“A famotidina não deve ser indicada para o tratamento da esquizofrenia até que o uso prolongado de altas doses seja comprovado como seguro. Entretanto, nosso estudo demonstra que o sistema histamínico do cérebro oferece uma nova abordagem para o tratamento da psicose”, diz Ekelund.

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ESQUIZOFRENIA

O distúrbio mental é caracterizado quando há perda de contato com a realidade, alucinações (audição de vozes), delírios, pensamentos desordenados, índice reduzido de emoções e alterações nos desempenhos sociais e de trabalho. A esquizofrenia afeta cerca de 1% da população mundial. O tratamento é feito com uso de remédios antipsicóticos, reabilitação e psicoterapia.

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