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Filhos de mães depressivas têm menor estatura, diz estudo

Segundo pesquisa, crianças cujas mães têm depressão no ano seguinte ao parto apresentam maior chance de ter altura abaixo da média para a faixa etária

Por Da Redação
10 set 2012, 14h30

Filhos de mães depressivas são mais ‘baixinhos’ do que o restante das crianças, concluiu um estudo da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, mulheres que apresentam sintomas da doença durante o ano seguinte ao parto interferem negativamente no crescimento de seus filhos. Por isso, de acordo com o trabalho, cujos resultados foram publicados nesta segunda-feira na revista Pediatrics, tratar problemas emocionais em pacientes que acabaram de se tornar mães pode ser uma estratégia para evitar o mau desenvolvimento infantil.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Impact of Maternal Depressive Symptoms on Growth of Preschool- and School-Aged Children

Onde foi divulgada: revista Pediatrics

Quem fez: Pamela Surkan, Anna Ettinger, Saifuddin Ahmed, Cynthia Minkovitz e Donna Strobino

Instituição: Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos

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Dados de amostragem: 14.000 crianças nascidas no ano de 2001

Resultado: Mães que têm depressão no ano seguinte do nascimento de seus bebês são mais propensas a ter filhos que, aos cinco anos de idade, serão menores de tamanho do que a média para a faixa-etária

O estudo se baseou nos dados de cerca de 14.000 crianças nascidas no ano de 2001 e recrutadas para um estudo americano sobre saúde e desenvolvimento na primeira infância. Desses participantes, 41% tinham mães que apresentaram sintomas depressivos médios ou graves no primeiro ano de vida de seus filhos (não era, necessariamente, depressão pós-parto).

Essas crianças, em comparação com aquelas cujas mães nãotinham o problema, apresentaram uma propensão até 50% maior, aos quatro e aos cinco anos de idade, de crescer pelo menos 10% abaixo da média para a faixa-etária. Não houve diferenças significativas em relação ao peso desses filhos.

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Quais são as causas? – No artigo, os autores sugerem alguns fatores que podem ajudar a compreender o problema. Para eles, “os sintomas depressivos maternos podem estar associados a um padrão de prestação de cuidados que tem um efeito prolongado sobre o crescimento infantil, refletido em uma estatura pequena de crianças de quatro anos de idade.” Um desses efeitos pode estar associado a um menor tempo de amamentação, que priva o bebê de nutrientes essenciais para o crescimento, além de prejudicar o desenvolvimento do afeto entre mãe e filho.

Também é possível que ter uma mãe com depressão provoque piores respostas ao stress entre as crianças. “Sabemos que níveis cronicamente elevados do cortisol, hormônio associado ao stress, pode baixar as taxas dos hormônios que ajudam no crescimento das crianças”, afirmam os pesquisadores. A equipe acredita que esse estudo ressalta a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para mulheres que acabaram de ser mães e que apresentam depressão.

*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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