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Exposição a pesticida DDT pode aumentar risco de desenvolver Alzheimer

Pesquisa mostrou que pessoas com a doença têm níveis elevados da substância no sangue

Por Da Redação
28 jan 2014, 08h14

Exposição ao pesticida DDT pode aumentar o risco e gravidade do Alzheimer, afirma um estudo publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Neurology. A pesquisa demonstrou que pessoas com a doença têm no sangue níveis mais altos de DDE, um composto químico que resulta da degradação do DDT, do que indivíduos saudáveis.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Elevated Serum Pesticide Levels and Risk for Alzheimer Disease

Onde foi divulgada: periódico Jama Neurology

Quem fez: Jason R. Richardson, Ananya Roy, Stuart L. Shalat, Richard T. von Stein e outros

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Instituição: Rutgers-Robert Wood Johnson Medical School, EUA

Resultado: Exposição ao pesticida DDT pode aumentar o risco do Alzheimer e sua gravidade

No Brasil, o DDT é proibido desde 2009 e, nos Estados Unidos, desde 1972. No entanto, o pesticida que foi largamente utilizado para combater mosquitos e pragas agrícolas após a Segunda Guerra Mundial ainda é utilizado em diversos países, principalmente em regiões africanas onde a malária é um problema de saúde pública. Por isso, muitas pessoas ainda têm contato com o DDT ao ingerir vegetais e grãos produzidos nessas regiões. Seus componentes se acumulam nos tecidos do organismo por até dez anos.

Os pesquisadores descobriram que 74 dos 86 pacientes com Alzheimer envolvidos no estudo – cuja idade era em torno dos 74 anos – tinham níveis de DDE no sangue quase quatro vezes maior que os 79 voluntários do grupo de controle sem a doença. Pacientes com uma versão de um gene que predispõe à enfermidade e com quantidade elevada de DDE no sangue exibiram prejuízos cognitivos mais severos do que aqueles sem a mesma versão do gene. “Precisamos de mais pesquisas para determinar como e quando isso ocorre e de que maneira os compostos químicos interagem com o gene que predispõe à moléstia”, afirmou Jason Richardson, pesquisador da Rutgers-Robert Wood Johnson Medical School, nos Estados Unidos, e autor do estudo.

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Combinação de fatores – Estudos neurológicos mostraram que o DDT, assim como o DDE, provoca aumento da quantidade de placas amiloides, os acúmulos de proteína que são encontrados nos cérebros de pacientes com Alzheimer e estão ligados ao desenvolvimento da doença. Essas placas, que se formam em regiões do cérebro ligadas à memória, aprendizado e raciocínio, aumentam com a progressão da enfermidade.

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Os pesquisadores afirmam que os níveis de DDE não são os únicos determinantes para a doença, que se desenvolve por meio de uma combinação entre fatores genéticos, ambientais e modo de vida. O estudo demonstra que esses fatores devem ser examinados e podem ajudar a identificar quais são os de maior risco para o desenvolvimento da moléstia. Isso levaria ao diagnóstico precoce e a um tratamento mais eficaz. “Identificar pessoas que têm níveis elevados de DDE e carregam o gene que predispõe à doença pode levar ao diagnóstico precoce de alguns casos de Alzheimer”, concluem os pesquisadores no estudo.

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