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EUA aprovam novo remédio para artrite reumatoide

O Xeljanz, da Pfizer, deve ser usado por quem não teve resposta adequada ao uso do metotrexato. No entanto, seu uso foi associado com um aumento no risco de contrair infecções, tuberculose e até cânceres e linfomas

Por Da Redação
11 nov 2012, 12h22

O Food and Drug Administration (FDA), agência que regula os medicamentos nos Estados Unidos, aprovou nesta semana o citrato de tofacitinibe para tratar adultos com artrite reumatoide moderada ou severa que não obtiveram resposta ao tratamento com metotrexato – a droga mais usada contra a doença. O medicamento tem nome comercial de Xeljanz, e será lançado pela Pfizer. A droga ainda não foi aprovada no Brasil.

A artrite reumatoide é uma doença autoimune em que o sistema imunológico do corpo ataca tecidos saudáveis levando a inflamações nas juntas. No Brasil, atinge cerca de 2 milhões de pessoas. O tofacitinibe atua ao bloquear a ação de uma proteína conhecida como janus quinase, que tem função importante no desencadeamento das inflamações.

A segurança e eficácia do remédio foram avaliadas em sete estudos clínicos realizados em pacientes com artrite reumatoide moderada a severa. Em todas as pesquisas, os voluntários tratados com o tofacitinib apresentaram melhoras no estado de saúde em relação àqueles que receberam placebos. O uso do remédio, no entanto, foi associado com um aumento no risco de contrair infecções, tuberculose e até cânceres e linfomas. Além disso, seu uso também esteve associado a um aumento do colesterol.

Opinião da especialista

Licia Maria Henrique da Mota Coordenadora da Comissão de Artrite Reumatoide da Sociedade Brasileira de Reumatologia

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“Pelo menos 1% da população é acometida pela artrite reumatoide. Ela é uma doença multifatorial, com aspectos genéticos e ambientais, como infecções e o cigarro. Nela, o sistema imunológico ataca o organismo, principalmente as articulações do corpo. As partes mais atacadas são mãos, punhos e pés. Muitas vezes, o paciente só procura o médico quando a doença já está avançada. Isso é perigoso, pois ela costuma ser altamente incapacitante, levando à destruição das articulações, causando deformidades e podendo resultar em incapacidade laboral. O pico de incidência da doença é entre os 35 e 55 anos, justamente na fase em que o indivíduo está trabalhando.”

“O metotrexato é a droga de escolha para o tratamento inicial da doença. De 30% a 50% dos pacientes respondem a esse tratamento. Se a resposta não for suficiente, o médico pode indicar a troca ou associação com outras medicações. Existe um fluxograma que mostra quando e em que circunstâncias as outras drogas devem entrar no tratamento. O tofacitinibe vai ser mais um a entrar nessa lista.”

“O fato de a droga ter sido aprovada pelo FDA significa que está dentro da margem de segurança aceitável, apesar de ter mostrado sérios efeitos colaterais. É importante destacar que a Anvisa ainda não aprovou seu uso, então ele não pode ser precrito aqui no Brasil.”

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