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Especialistas classificam pacientes com esclerose múltipla em dois grupos

Pacientes que têm a doença, dependendo de uma característica molecular, podem ser mais ou menos propensos a ter surtos provocados pela condição

Por Da Redação
26 set 2012, 17h57

Os resultados de um estudo desenvolvido na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, permitiram que os autores classificassem a esclerose múltipla, uma doença autoimune cuja causa é desconhecida e para a qual não há cura, em dois grupos. Segundo os especialistas, essa divisão pode ser feita a partir de uma maior ou de uma menor propensão de o paciente sofrer recaídas.

Opinião do especialista

Doralina Guimarães Brum Souza

Neurologista e coordenadora do Departamento Científico da Academia Brasileira de Neurologia (ABN)

“Embora esse estudo tenha sido bem feito, ele não tem o poder de interferir imediatamente na forma com que tratamos os pacientes com esclerose múltipla, já que não foi feito na prática clínica. Seria importante que outros estudos que não deixassem nenhuma lacuna confirmassem essa divisão da esclerose múltipla em grupos.”

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A pesquisa, que foi publicada nesta quarta-feira na revista Science Translational Medicine, pode contribuir futuramente para que os médicos escolham a melhor opção de tratamento para os pacientes que têm esclerose múltipla.

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Foram selecionados para o estudo 363 pacientes com esclerose múltipla. A equipe, coordenada pela pesquisadora Lina Ottoboni, extraiu moléculas do RNA do sangue de todos os participantes. Os cientistas observaram, então, a existência de dois ‘perfis moleculares’ desses RNAs, a partir dos quais é possível dividir os pacientes com a doença em dois grupos.

Segundo os resultados, os indivíduos de um dos grupos, além do perfil molecular semelhante, apresentavam uma maior chance de apresentaram surtos característicos da doença em comparação com as pessoas do outro grupo. Para os pesquisadores, pacientes que apresentam esse perfil poderiam receber tratamentos mais agressivos logo no começo da doença a fim de evitar surtos futuros.

“No geral, nós relatamos que há um subconjunto de pacientes com esclerose múltipla com uma forma mais ativa da doença. Fazer essa divisão da doença poderá nos ajudar a, um dia, personalizar o atendimento ao paciente e aumentar a nossa compreensão dessa doença”, escreveram os autores. No entanto, para isso, pesquisas maiores e feitas durante um extenso período de tempo precisam ser feitas.

Nos vídeos abaixo, a neurologista Enedina Maria Lobato de Oliveira, da Unifesp, explica tudo sobre a esclerose múltipla

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