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Droga pode detectar Alzheimer mais cedo

Substância pode ajudar médicos a descobrir a doença antes que paciente desenvolva demência

Por Da Redação
16 abr 2012, 22h06

Uma nova droga chamada florbetaben pode antecipar o diagnóstico da doença de Alzheimer e dar aos médicos condições de frear seu desenvolvimento. A substância é capaz de detectar, no cérebro do paciente, a presença de placas amiloides, proteínas que danificam os neurônios e causam a doença. O Alzheimer se caracteriza por uma perda progressiva da memória e da capacidade cognitiva e atinge principalmente pacientes com mais de 65 anos.

Opinião do especialista

Ivan Okamoto
Ivan Okamoto (VEJA)

Ivan Okamotoneurologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“Você pode ter a doença de Alzheimer sem desenvolver a demência da doença de Alzheimer. Ainda não há um método para prevenir que a doença se desenvolva à demência, mas existem inúmeros estudos nesse sentido. Eles são centrados em ativar componentes imunológicos do paciente contra as placas amiloides, evitando que elas evoluam. É importante diagnosticar a doença ainda antes de seus sintomas aparecerem para poderemos usar essas técnicas.

“Precisamos ter claro que a pesquisa foi feita com pacientes no final da vida. Nesta etapa, nós não precisamos do marcador para detectar o Alzheimer, os sintomas já são óbvios. A pesquisa traz esperanças, mas a substância tem que se mostrar eficaz também nas fases iniciais da doença.

“Já existe um composto capaz de se ligar às placas amiloides. Ele é o composto PiB (composto B de Pittsburgh), que precisa de um acelerador de partículas para ser produzido. Como ele só dura 20 minutos, o paciente tem de estar próximo ao acelerador para que possa usá-lo. Agora, os cientistas estão atrás de um composto mais estável, para que o tratamento esteja disponível para todos.”

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Até agora os cientistas só podiam diagnosticar a doença em seu estágio avançado, por meio de seus sintomas. Para ter certeza do diagnóstico, os médicos tinham de esperar a morte do paciente, quando finalmente poderiam analisar seu cérebro e encontrar as placas amiloides. A nova pesquisa descobriu que o florbetaben pode se ligar a essas placas, e ser detectado durante uma tomografia, ainda durante a vida do doente. Desse modo, eles podem perceber indícios da doença antes que ela se desenvolva e criar métodos para prevenir a demência.

O estudo foi liderado pelo neurologista Marwan Sabbagh, do Instituto de Pesquisas Sun Health, com sede nos Estados Unidos. Ele comparou os resultados de tomografias feitas em voluntários próximos da morte com o resultado de autópsias feitas em seus cérebros após o óbito. Foram estudadas ao todo 246 regiões cerebrais, tanto de pacientes que sofriam da doença quanto de saudáveis. O estudo descobriu que o florbetaben detectou 100% dos casos da doença, e apontou 92% dos casos em que ela não acontecia.

O florbetaben não é o primeiro marcador capaz de detectar as placas amiloides. Uma outra substância conhecida como “composto B de Pittsburgh” (PiB, na sigla em inglês) foi desenvolvida em 2002, mas necessitava de um acelerador de partículas para ser produzida, e durava apenas 20 minutos.

Como o uso em grande escala do PiB é impraticável, a nova substância traz grandes esperanças para o tratamento contra o Alzheimer. Os resultados da pesquisa serão apresentados no encontro anual da Academia Americana de Neurologia, que vai acontecer entre os dias 21 e 28 de abril, nos Estados Unidos.

Saiba mais

  • Causas
  • Prevenção
  • Tratamento

David Schlesinger, pesquisador no Instituto do Cérebro do Hospital Albert Einstein fala sobre a doença de Alzheimer. Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo Vídeo

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Existe cura para o Alzheimer?

Quais são os tratamentos mais promissores?

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*O conteúdo destes vídeos é um serviço de informação e não pode substituir uma consulta médica. Em caso de problemas de saúde, procure um médico.

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