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Crianças com asma mal controlada perdem quase 10% do ano letivo

Crianças que não recebem tratamento adequado para a doença chegam a perder 18 dias letivos por ano, resultando em baixo desempenho escolar

Por Da Redação
5 ago 2011, 16h21

Casos mal controlados de asma mais do que dobram os custos de saúde associados à doença. Segundo pesquisa publicada no periódico médico Archives of Allergy, Asthma & Immunology, a falta de cuidados poderia ainda ter um prejuízo indireto na vida das crianças: a abstenção de, em média, 18 dias escolares — o que equivale a 9% das aulas, considerando-se os 200 dias do ano letivo brasileiro.

De acordo com Stanley Szefler, coordenador do estudo e professor de pediatria no hospital National Jewish Health, na cidade de Denver, no Colorado, especializado em problemas respiratórios, esse é o primeiro estudo que analisa as diferenças nos custos dos tratamentos da asma. “O estudo não destaca apenas os custos da asma malcuidada, mas também a oportunidade de reduzir esses custos com uma devida educação e atenção”, diz.

Para o levantamento de dados, foram analisadas 628 crianças entre seis e 12 anos com asma severa ou de difícil tratamento. Eles avaliaram custos médicos diretos (medicamentos, consultas sem marcação de horário e de emergência e internações) e indiretos, mensurados por dias escolares e de trabalho perdidos. Os custos foram elencados no início do estudo, depois de 12 meses e depois de 24 meses. Os pacientes foram divididos em três grupos: sem controle algum da doença, com a doença pouco controlada e com a asma totalmente controlada.

Economia – No início do estudo, o grupo de pacientes com asma sem controle tinha um gasto anual médio de 7.846 dólares em custos associados à doença, comparado a 3.526 dólares para a asma bem controlada. Dois anos depois, os custos anuais para o grupo sem controle subiram para 8.880 dólares, enquanto para aqueles com a doença controlada diminuíram para 1.861 dólares. (Como os custos foram calculados em 2002, os valores reajustados para 2011 devem ser cerca de 25% mais elevados).

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Aulas – Os custos indiretos foram muito maiores para as crianças com a asma não controlada: elas perdiam, em média, 18 dias de escola por ano, frente a dois dias nos casos em que a doença não é muito bem controlada e a nenhum dia com a asma sob controle. Os pesquisadores estimam ainda que um dos pais teria de ficar em casa para cada dia perdido de escola, resultando em um custo médio de 172 dólares por dia. Para os casos de asma não controlada, os custos seriam de 3.078 dólares – em média oito vezes maiores do que os pacientes com asma pouco controlada, 369 dólares.

Educação – A média de perda de dias letivos sugere ainda um outro custo indireto não incluído nos cálculos da pesquisa: a baixa educação. Para essa conclusão, os pesquisadores citam um estudo anterior realizado em Missouri que mostra que as chances de baixo desempenho escolar são muito mais elevadas entre alunos que faltam cerca de 12 dias por ano – o grupo asmático não controlado falta 18.

Os cientistas citam ainda um outro estudo que sugere que 85% dos pacientes asmáticos conseguem controlar a doença com uma educação cuidadosa e supervisão adequada. “Existem estratégias efetivas para melhorar o controle da asma entre crianças”, diz Szefler. “Ao abordar a adesão às técnicas de inalação, medicações adequadas e outras estratégias de controle da doença, nós podemos melhorar a asma e reduzir os custos significativamente.”

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