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Criador de prótese banida integra nova empresa de implantes

Jean-Claude Mas, fundador da empresa que fabricou próteses adulteradas, faz parte de uma nova sociedade que visa a exportação de implantes mamários essencialmente à América Latina

Por Da Redação
30 dez 2011, 09h44

O fundador da empresa Poly Implant Prothèse (PIP), Jean-Claude Mas, participa de uma nova sociedade para a exportação de próteses essencialmente à América Latina, segundo revelou nesta sexta-feira o jornal francês Nice-Matin. A empresa de Mas ganhou destaque nas últimas semanas depois que o governo francês deciciu recomendar a retirada preventiva das próteses mamárias devido a possibilidade de rompimento e os riscos à saúde.

Conforme a publicação, Mas aparece como diretor de uma sociedade criada em junho por seus dois filhos para a fabricação de próteses mamárias de baixo custo destinadas principalmente à exportação. No plano de negócio da nova empresa, Mas aparece como um “criador genial” que vai assessorar como “consultor técnico-comercial” o presidente, seu filho de 27 anos. Outros dois executivos da antiga PIP figuram na direção da FIT, segundo o jornal.

A companhia France Implant Technologie (FIT) nasceu para substituir a PIP, dissolvida judicialmente após a detecção de problemas em próteses fabricadas com silicone industrial e não o recomendado para medicina. O modelo que funcionou até março de 2010, quando as próteses foram proibidas.

“O mercado sul-americano obedece à regra de que a melhor prótese é a menos cara”, indica o plano de negócio da FIT, segundo o jornal, que garante ter tido acesso a um documento confidencial. A América Latina era o destino da metade dos implantes exportados pela PIP. A produção da PIP chegou a ser de 100.000 próteses por ano.

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Além da América Latina, a nova sociedade também mira os mercados asiático e europeu. De acordo com o documento citado pelo jornal, a FIT prevê vender suas próteses 10% mais baratas do que as de seus concorrentes e reduzir os custos de produção em 30%.

Para isso, planejam abrir antes de junho uma planta de produção no sudeste da França, onde já estava implantada a PIP, com 20 empregados e com o objetivo de produzir até 400 próteses diárias. O investimento para a unidade será de 2 milhões de euros.

Na França se acumulam até agora 2.200 denúncias contra a PIP. Estima-se que 30.000 pacientes que implantaram as próteses francesas.

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Ao detectar problemas nos implantes, o governo francês recomendou às francesas que retirassem as próteses e se comprometeu a pagar a cirurgia de remoção, mas só arcará com a colocação de novas próteses naqueles casos em que as mesmas foram implantadas por motivos médicos e não estéticos.

Brasil – Na quinta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou que vai cancelar o registro das próteses mamárias da empresa francesa PIP. A decisão é motivada pelos testes divulgados pela governo francês recomendando a “retirada preventiva” dos implantes. As próteses estavam suspensas no Brasil desde abril de 2010, quando já havia sido constatado uma taxa de rupturas acima do normal.

Além do cancelamento do registro, a Anvisa determinará o recolhimento das próteses que ainda estão em posse da importadora do produto. Foram importadas, ao todo, 34.631 unidades – 24.534 foram comercializadas. Segundo a Anvisa anunciou em comunicado, as 10.097 próteses restantes serão recolhidas.

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(Com agência EFE)

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