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Meditação ajuda a fortalecer o sistema imunológico

Estudo da Universidade da Califórnia prova que a prática intensifica a atividade da enzima telomerase, que atua na defesa do organismo

Por Da Redação
4 nov 2010, 11h46

“Atividades que aumentam a qualidade de vida podem ter efeitos profundos nos aspectos mais fundamentais da fisiologia de uma pessoa”, diz Clifford Saron

Técnica milenar oriental, a meditação é conhecida por aumentar a concentração e proporcionar relaxamento. De acordo com estudo da Universidade da Califórnia, durante a meditação, a enzima telomerase (ligada ao sistema imunológico) tem sua ação intensificada. Resultado: quem medita, tem suas defesas ampliadas e passa a lidar melhor com o stress.

Mas a meditação sozinha não resolve. “Por si só, ela não aumenta a atividade da telomerase”, diz Clifford Saron, líder do estudo. Segundo ele, a meditação é apenas um dos mecanismos usados pelo corpo para aumentar o bem-estar psicológico do indivíduo. E é esse estado – e não o ato de meditar em si – que age diretamente sobre a atividade da telomerase nas células do sistema imunológico, que são as reais responsáveis por promover a longevidade nas células. “Atividades que aumentam a qualidade de vida podem ter efeitos profundos no organismo de uma pessoa”, diz Saron.

Para chegar aos resultados, a equipe de cientistas analisou sessenta pacientes durante três meses: metade praticou a meditação; os outros trinta, não, atuando apenas como grupo de controle da pesquisa. As taxas da telomerase se mostraram cerca de 30% mais elevadas nas células do sistema imunológico dos voluntários que meditavam. Foram esses pacientes que apresentaram, ainda, um aumento nas capacidades psíquicas, como melhora na percepção de controle (sobre a própria vida e arredores), atenção e nos propósitos da vida (sentido de vida e metas a longo prazo). Além disso, eles experimentaram diminuição da neurose ou das emoções negativas.

Nobel – Co-autora do estudo, o primeiro a relacionar telomerase e meditação, Elizabeth Blackburn ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2009 pela descoberta da telomerase e dos telômeros, sequências do DNA que ficam no final dos cromossomos e tendem a se encurtar toda vez que uma célula se divide. Mas, sempre que a medida dos telômeros fica baixa, a célula tende a não se dividir mais e pode, eventualmente, morrer. É aí que entra a telomerase. A enzima é capaz de reconstruir o tamanho de um telômero, impedindo que ele entre em colapso. Estudos anteriores já apontavam a telomerase como o elo entre o stress psicológico e a saúde física.

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