Casos de microcefalia sobem para 1.761 no Brasil
De acordo com o Ministério da Saúde, o aumento no número de registros foi bem menor em relação ao boletim divulgado duas semanas atrás
Neste terça-feira o Ministério da Saúde anunciou que já foram notificados 1.761casos de microcefalia, em 422 municípios, de 14 estados das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. No boletim anterior, divulgado no dia 30 de novembro, eram 1.248 notificações, o que corresponde a um aumento de 40%. Em relação ao primeiro boletim, divulgado no dia 24 de novembro, com 739 casos, o aumento é de 138% e a 2014, que teve apenas 147 suspeitas, 1.097%.
De acordo com o novo boletim, Pernambuco permanece com o maior número de casos (804), em seguida, vem Paraíba (316), Bahia (180), Rio Grande do Norte (106), Sergipe (96), Alagoas (81), Ceará (40), Maranhão (37), Piauí (36), Tocantins (29), Rio de Janeiro (23), Mato Grosso do Sul (9), Goiás (3) e o Distrito Federal tem apenas um registro.
Também já foram notificadas as mortes de 19 bebês – sete só no Rio Grande do Norte -, devido à doença. Porém, a relação entre a malformação cerebral e a infecção pelo zika vírus ainda está em fase de análise.
Leia também:
OMS emite alerta mundial para zika
Ministério da Saúde confirma relação entre o zika vírus e microcefalia
“Se forem descartadas outras causas, como toxoplasmose, sífilis ou problemas genéticos, o caso se enquadra como infecção por zika”, informou o diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde, Cláudio Maierovitch.
Na segunda-feira, o ministério decidiu adotar a medida padrão de da Organização Mundial de Saúde (OMS) e alterou de 33 cm para 32 cm a medida padrão do perímetro cefálico dos bebês para suspeita de microcefalia.
Foi lançado, também, um protocolo de vigilância que estabelece diretrizes aos profissionais de saúde e áreas técnicas para lidar com casos suspeitos e pacientes confirmados.
A partir desta terça-feira, os estados e municípios deverão detectar e registrar casos não apenas de recém-nascidos, mas também de fetos com suspeita da doença, além de monitorar gestantes com possível infecção por zika.
(Com Estadão Conteúdo)