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Atividade cerebral pode indicar predisposição de jovem ao alcoolismo

Segundo estudo, menor funcionamento em determinadas regiões do órgão está associado ao consumo excessivo de bebida nos anos seguintes

Por Da Redação
8 ago 2012, 10h43

Assim como o consumo excessivo de bebida alcoólica pode afetar o funcionamento do cérebro dos adolescentes, a atividade cerebral desses jovens pode ajudar a prever qual deles apresenta um maior risco de ter problemas de alcoolismo ao longo da vida. Essa é a conclusão de um estudo que será publicado na edição do mês de setembro do periódico Journal of Studies on Alcohol and Drugs.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Brain response to working memory over three years of adolescence: influence of initiating heavy drinking

Onde foi divulgada: periódico Journal of Studies on Alcohol and Drugs

Quem fez: Lindsay Squeglia e Reagan Wetherill

Instituição: Universidade da Califórnia, San Diego, Estados Unidos

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Dados de amostragem: 40 jovens de 12 a 16 anos

Resultado: Menor atividade cerebral em certas regiões do órgão demonstrada por jovens em ressonâncias magnéticas pode indicar consumo excessivo de bebida alcoólica nos três anos seguintes. Adolescente que começam a beber muito já apresentam atividade cerebral semelhante a de pessoas alcoólatras

Segundo pesquisadores da Universidade da Califórnia, San Diego, nos Estados Unidos, adolescentes que passam a beber álcool de maneira excessiva – o que significa consumir mais do que quatro doses de alguma bebida alcoólica em uma só ocasião para mulheres e mais do que cinco doses para homens – já apresentam uma atividade menos intensa em determinadas regiões do cérebro alguns anos antes de adotarem esse hábito.

Os autores chegaram a essa conclusão após acompanharem, ao longo de três anos, 40 jovens de 12 a 16 anos que não consumiam bebida alcoólica. Eles fizeram ressonância magnética funcional (RMf) – técnica que explora funções cerebrais como memória, linguagem e controle motor – nos participantes no início e ao final do estudo. “Esse dado é interessante pois sugere que há uma espécie de vulnerabilidade pré-existente para o alcoolismo”, diz a coordenadora do estudo, Lindsay Squeglia. Segundo a pesquisadora, porém, isso não significa que os jovens devam começar a passar por exames de ressonância magnética para saberem se têm chances apresentar problemas com bebida alcoólica. O que os resultados fornecem, na verdade, são pistas sobre as origens biológicas dos distúrbios associados ao álcool na adolescência.

Danos graves – O trabalho ainda mostrou que, uma vez que os adolescentes começaram a beber de maneira excessiva, a atividade cerebral deles em testes de memória foi semelhante à demonstrada por pessoas que tinham problemas sérios de alcoolismo em outros estudos. O cérebro deles se mostrou menos eficiente do que o dos outros participantes. “Isso é o oposto do que esperávamos, pois o cérebro deles deveria estar se tornando cada vez mais eficiente conforme eles ficam mais velhos”, afirma Squeglia. De acordo com a pesquisadora, esses dados reforçam as evidências de que o álcool pode afetar o cérebro dos jovens, prejudicando a sua atividade especialmente nos momentos em que eles precisam trabalhar de forma eficaz.

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