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Alta dose de antidepressivo aumenta risco de suicídio, diz estudo

Comportamento suicida foi duas vezes maior naqueles que tomaram dose acima das recomendada

Por Da Redação
28 abr 2014, 19h22

Em altas dosagens, antidepressivos podem levar o indivíduo a ter comportamentos suicidas, segundo um estudo realizado pela Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, e publicado nesta segunda-feira no periódico Jama Internal Medicine.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Antidepressant Dose, Age, and the Risk of Deliberate Self-harm

Onde foi divulgada: periódico Jama Internal Medicine.

Quem fez: Matthew Miller, Sonja A. Swanson, Deborah Azrael, Virginia Pate e Til Stürmer.

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Instituição: Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos.

Resultado: Pacientes que receberam altas doses de antidepressivo tiveram duas vezes mais comportamentos suicidas do que aqueles que tomaram a dose usual. Também foi visto que a eficácia do medicamento em indivíduos de até 24 anos é modesta.

A pesquisa contou com a participação de 162 625 pessoas com idades entre 10 e 64 anos e que foram diagnosticadas com depressão. Todas iniciaram, entre 1998 e 2010, o tratamento com uma das classes de antidepressivos mais prescritas por médicos, chamada inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs), em particular fluoxetina, o citalopram e a sertralina. A única diferença foram as doses do medicamento: um grupo utilizou uma dosagem considerada usual e o outro foi medicado com uma dosagem mais alta.

Os pesquisadores constataram que aqueles que começaram a terapia com as doses mais altas tinham duas vezes mais comportamentos suicidas do que o outro grupo. Segundo os dados do estudo, havia um comportamento suicida – que inclui desde pensamentos sobre morte até o suicídio em si – em cada 150 pacientes tratados com altas doses. Apesar dos resultados, a pesquisa não explica por que altas doses podem aumentar a incidência desse comportamento.

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“Também constatamos que a eficácia dos antidepressivos entre os pacientes de até 24 anos foi modesta e vimos que a dosagem não é necessariamente relacionada ao melhor efeito do medicamento. Nossa pesquisa é um incentivo aos médicos a evitarem a alta dosagem para o tratamento sem necessidade e a monitorarem de perto os pacientes que tomam antidepressivos”, explica Matthew Miller, coautor do estudo e professor do Faculdade de Saúde Pública de Harvard.

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