Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

A partir de imagens do cérebro, cientistas conseguem medir a dor de uma pessoa

Pela primeira vez, pesquisadores identificaram um padrão neurológico que revela a intensidade da dor física que um paciente está sentindo

Por Da Redação
11 abr 2013, 10h14

Pela primeira vez, cientistas foram capazes de reconhecer a intensidade da dor que uma pessoa está sentindo por meio de imagens de seu cérebro. Esse foi o resultado bem-sucedido de uma pesquisa conduzida na Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Segundo os autores do estudo, o feito pode abrir caminho para que, no futuro, os médicos tenham acesso a testes capazes de avaliar com precisão a dor de seus pacientes.

“Por enquanto, não há uma forma aceitável de medir a dor e outras emoções, além de perguntar a uma pessoa como ela se sente”, diz Tor Wager, coordenador do estudo, que foi publicado nesta quinta-feira no periódico The New England Journal of Medicine. Para Wager, formas objetivas de fazer esse cálculo podem fornecer novas pistas sobre como o cérebro gera diferentes tipos de dor.

A imagem mostra o padrão neurológico da dor física, que foi identificado em um estudo desenvolvido na Universidade do Colorado, Estados Unidos
A imagem mostra o padrão neurológico da dor física, que foi identificado em um estudo desenvolvido na Universidade do Colorado, Estados Unidos (VEJA)

Os autores da pesquisa realizaram exames de ressonância magnética em 114 voluntários ao mesmo tempo em que eles eram expostos a diversos níveis de calor em seus antebraços. A temperatura ministrada foi de moderada a quente. Os especialistas se surpreenderam ao descobrir que os sinais encontrados nos cérebros dos participantes quando eles sentiam dor eram transferíveis entre diversas pessoas, permitindo aos cientistas prever o quanto de dor uma pessoa estava sofrendo com 90% a 100% de exatidão. “Encontramos um padrão, por meio de múltiplos sistemas cerebrais, que diagnostica a intensidade de dor que uma pessoa sofre em resposta a um calor doloroso”, diz Wager.

Continua após a publicidade

Dor emocional – Segundo os pesquisadores, embora estudos anteriores apontassem que a atividade mental diante de uma desilusão amorosa seja semelhante à de uma pessoa que experimenta a dor física, o novo trabalho mostrou que esse padrão cerebral de dor somente é válido para a dor física, e não emocional.

A equipe descobriu isso após selecionar participantes que haviam sofrido um rompimento amoroso recente e que ainda estavam se recuperando do sofrimento. Os autores, então, mostraram uma foto do ex-namorado(a) ou marido(a) dos voluntários e observaram se o padrão se repetia no cérebro deles, o que não aconteceu. Os pesquisadores também observaram que o sinal da dor diminuía nos cérebros dos pacientes que haviam sido tratados com analgésicos previamente.

Leia também:

Maneira como cérebro responde a emoções pode prever surgimento de dor crônica

Mesmo que a tecnologia ainda não esteja plenamente disponível, os pesquisadores esperam que, nos próximos anos, esse avanço possa levar ao desenvolvimento dos primeiros testes objetivos sobre a dor, ou contribuir para o estudo e o alívio da dor crônica. “Compreender as diferentes contribuições dos diferentes sistemas para a dor crônica e outras formas de sofrimento é um passo importante para entender e aliviar o sofrimento humano”, afirma Wagner.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.