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5,4 milhões de brasileiros relatam abuso sexual na infância

Levantamento feito pela Unifesp divulgado nesta quarta mostra que mais da metade dos agressores é parente ou amigo próximo da família da criança

Por Da Redação
7 Maio 2014, 15h46

Pouco mais de 5% dos brasileiros acima de 18 anos, ou 5,4 milhões de pessoas, foram vítimas de abuso sexual da infância – essa prevalência é maior entre mulheres (7%) do que homens (3,4%). É o que revela um novo estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Segundo o trabalho, esse tipo de violência é cometida principalmente por algum parente (pai, padrasto e irmãos não se encaixam nessa categoria), um amigo próximo à família da criança ou um desconhecido. No entanto, 17% das pessoas entrevistadas pela pesquisa não quiseram dizer quem foi o agressor.

Os dados, divulgados nesta quarta-feira, fazem parte do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito por pesquisadores do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da Unifesp. O estudo entrevistou em 2012 4.607 pessoas com mais de 14 anos em 149 municípios brasileiros.

“Dentre todos os tipos de violência precoce, o abuso sexual é provavelmente o evento que leva a consequências mais drásticas e que permanecem a longo prazo”, escreveram os autores do levantamento em nota. O estudo ainda concluiu que 1,3% dos brasileiros adultos relatam que receberam dinheiro para ter relação sexual com alguém antes dos 18 anos.

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Agressão física – Segundo a pesquisa, dois em cada dez entrevistados foram vítima de algum tipo de violência física na infância por parte de seus pais ou cuidadores. Os tipos de agressão mais comuns são empurrar, arranhar, bater até causar marcas e insultar ou humilhar. O levantamento apontou que, em 20% dos casos de violência física doméstica contra a criança, o agressor estava sob efeito do álcool.

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Além disso, um em cada dez entrevistados testemunhou, na infância, algum episódio de agressão física entre seus pais ou cuidadores. “Presenciar violência entre pais ou cuidadores durante a infância pode ter um impacto negativo quase tão grande quanto ser propriamente vítima da agressão”, dizem os pesquisadores.

O levantamento também estimou a prevalência de pessoas que foram vítimas de bullying na escola durante a infância e adolescência. Segundo os resultados, 13% dos brasileiros já sofreram esse tipo de agressão, que foi descrita como “atitudes agressivas intencionais repetidas de um ou mais colegas contra outra pessoa”.

A agressão verbal – como receber apelidos ou ser intimidado ou humilhado – foi o tipo de bullying mais relatado pelos entrevistados, seguido por fofocas e violência física. O racismo correspondeu a 1,3% desses episódios e a homofobia, 0,1%.

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