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Vitória de Cameron desperta fantasma de saída da Grã-Bretanha da UE

Em seu pronunciamento após a vitória nas urnas, o primeiro-ministro britânico confirmou que vai realizar o referendo para decidir se seu país irá permanecer na União Europeia

Por Da Redação
8 Maio 2015, 12h47

A vitória de David Cameron nas eleições britânicas despertou nesta sexta-feira na União Europeia (UE) o fantasma de uma saída da Grã-Bretanha do bloco, devido à promessa do primeiro-ministro britânico de convocar um referendo sobre o tema em 2017. Cameron confirmou nesta sexta-feira a organização da consulta sobre o ‘Brexit’ – acrônimo derivado de ‘Britain exit’, que se refere a uma saída da Grã-Bretanha da UE – explicando que, “na política, nunca devemos nos esquivar das grandes perguntas”.

Em seu pronunciamento após a vitória nas urnas, o primeiro-ministro prometeu renegociar a relação de Londres com a UE e apresentá-la ao eleitorado. Também declarou que deseja que a Grã-Bretanha permaneça no bloco. A Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, comunicou nesta sexta que está disposta a trabalhar com David Cameron para atender aos seus pedidos de reforma da UE, mas advertiu que os princípios fundadores, em particular a liberdade de circulação, não são negociáveis.

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O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, havia aberto a porta recentemente a pequenas modificações do Tratado da UE, mas excluiu qualquer concessão maior. “Juncker felicitou David Cameron por sua vitória e quer vê-lo rapidamente”, disse nesta sexta o porta-voz da Comissão, Margaritis Schinas. “Muitas coisas precisam ser conversadas”, acrescentou. “O referendo pode ser vencido”, disse à agência France-Presse um funcionário de alto escalão da Comissão Europeia que pediu o anonimato. “É preciso esperar para ver o que Cameron quer negociar. Os pedidos chegarão rápido”, especulou.

Outra fonte da Comissão estimou, no entanto, que a ampla vitória dos conservadores “reduz o risco de um Brexit”. “Muitos na Europa pensam que Cameron merece ser ouvido. Venceu com a promessa de organizar um referendo e esmagou o Ukip [o antieuropeu Partido da Independência do Reino Unido]. Se for necessário um pacote de ajustes sobre as quatro liberdades, vamos dá-lo e assim o referendo será vencido”, explicou a fonte. “Mas se vier com pedidos impossíveis, então será muito complicado”, advertiu.

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Membro afastado da família – A Grã-Bretanha não é integrante do tratado Schengen, um espaço sem fronteiras nacionais formado por 22 países da UE e quatro não membros do bloco (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein). Os britânicos também não aderiram ao euro (a moeda comum usada em dezenove países) e obteve uma adesão privilegiada que lhe dá a possibilidade de se retirar de alguns temas de cooperação, como os policiais ou de justiça penal.

Cameron pediu uma reforma global do sistema europeu para repatriar algumas competências da UE em relação aos Estados membros. Os desejos de reforma englobam a política externa europeia, a política agrícola e a política energética. “Os próximos dois anos serão muito interessantes”, declarou Jan Techau, diretor do Centro Carnegie Europe. “Cameron deu uma vitória aos conservadores e pode convertê-la em liderança diante dos eurocéticos”, estimou.

(Da redação)

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