Utah passa a permitir que condenados sejam executados por fuzilamento
Estado americano aprovou lei que prevê o fuzilamento como método alternativo, quando a injeção letal não estiver disponível
O governador de Utah assinou nesta segunda-feira a lei que torna o Estado o único dos Estados Unidos a permitir a morte por fuzilamento quando a execução por injeção letal não for possível. O governador republicano Gary Herbert disse que considera o fuzilamento “horrível”, mas admitiu a necessidade de ter um método alternativo caso a falta de drogas letais persista.
Segundo a legislação aprovada, o Estado poderá executar condenados por meio do fuzilamento somente quando a injeção letal não estiver disponível 30 dias antes da data marcada para a execução. Com as drogas letais em falta, outros Estados também recorreram a métodos antigos. Em Oklahoma, os parlamentares debatem uma proposta sobre o uso de nitrogênio como alternativa. Outros Estados avaliaram ou aprovaram a volta da cadeira elétrica.
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“Aqueles que se opuseram à proposta argumentam principalmente contra a pena de morte em geral e essa decisão já foi tomada em nosso Estado”, disse o porta-voz do governador, Marty Carpenter. “Preferimos usar nosso método primário da injeção letal quando uma sentença desse tipo é emitida. No entanto, quando um júri toma a decisão e um juiz assina a ordem, fazer cumprir a decisão é obrigação do Executivo”, acrescentou, segundo o jornal The Guardian.
A última execução por fuzilamento nos EUA foi realizada cinco anos atrás, exatamente em Utah. Ronnie Lee Gardner, condenado por ter matado um advogado em uma tentativa de escapar da prisão, foi executado por um pelotão de fuzilamento em 2010. Gardner foi condenado antes de 2004, quando o Estado dava ao sentenciado a opção de escolher se queria ser morto por desta forma.
Os Estados americanos onde a pena de morte é aprovada estão tendo dificuldade de conseguir a droga legal porque fabricantes europeus contrários à pena capital se recusam a vender os componentes da substância.
(Da redação)