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Turismo da Turquia sente abalo provocado por ataques terroristas no país

O país sofreu com uma série de atentados nos últimos meses, e o setor de turismo deve ser ainda mais afetado pelo atentado desta semana

Por Da Redação
29 jun 2016, 16h40

O turismo na Turquia, afetado pelos repetidos ataques terroristas nos últimos meses, corre o risco de afundar ainda mais neste ano após o atentado suicida ocorrido no aeroporto Ataturk, em Istambul. Na noite de terça-feira, 41 pessoas morreram e 140 ficaram feridas no ataque, possivelmente realizado pelo grupo extremista Estado Islâmico, segundo investigações preliminares.

O caso desta semana foi o quinto ataque suicida na Turquia em um ano. No ano passado, os ataques em Istambul e Ancara, que mataram quase 200 pessoas no total e fizeram milhares de feridos, assustaram os viajantes. Como resultado, a chegada de turistas ao país atingiu seu nível mais baixo em 22 anos.

O medo feriu uma indústria que era uma das principais fontes de renda da economia turca, rendendo quase 30 bilhões de euros por ano. Os ataques recentes afetaram principalmente as atrações turísticas mais emblemáticas: em Istambul, em 12 de janeiro, 12 turistas alemães foram mortos em um ataque suicida na área de Sultanahmet. O atentado, atribuído ao Estado Islâmico, foi perpetrado perto da basílica de Santa Sophia e da Mesquita Azul, ícones do patrimônio cultural e arquitetônico do país.

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Dois meses depois, em 19 de março, quatro turistas estrangeiros – três israelenses e um iraniano – foram mortos por um suicida, aparentemente do EI, na avenida mais famosa e movimentada de Istambul, a Istiklal. Em uma tentativa de reverter a situação, o Ministério do Turismo turco anunciou um plano de ajuda de vários milhões de euros para apoiar a atividade turística, mas que parece não surtir efeito. No total, durante os primeiros cinco meses do ano, o número de visitante diminuiu 23%.

Símbolo do turismo – Se a sua responsabilidade for confirmada, o Estado Islâmico “acaba de atingir o segundo local mais emblemático de Istambul depois da Praça Taksim”, disse Soner Cagaptay, diretor do programa de pesquisa sobre a Turquia no Instituto Washington. Com o ataque no aeroporto Ataturk, o setor mais afetado é o do transporte aéreo, em especial a companhia Turkish Airlines, carro-chefe do país, que possui uma das frotas mais modernas do mundo. “O aeroporto é o centro operacional da Turkish, a única empresa turca conhecida no exterior e o símbolo da indústria do turismo”, diz o analista.

Neste contexto, os esforços da Turquia para promover uma indústria do turismo afetada pela insegurança que prevalece parecem insuficientes. Em desespero, as autoridades imergiram um avião desativado do modelo Airbus A300 em Kusadasi, um popular resort no Mar Egeu, para promover o turismo relacionado ao mergulho. Uma imagem metafórica, talvez, para toda uma indústria que parece afundar.

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(Com AFP)

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