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Tunísia vai às urnas para escolher Parlamento

Serão as primeiras eleições parlamentares no país desde o fim da ditadura, que caiu em 2011 no início da chamada Primavera Árabe

Por Da Redação
26 out 2014, 08h18

Os tunisianos enfrentam filas neste domingo para votar pela primeira vez para candidatos ao Parlamento desde a queda da ditadura no país, durante a revolução de 2011 que deu início à Primavera Árabe. O país tem sido atingido por incertezas políticas e econômicas nos últimos três anos e meio, incluindo assassinatos políticos, conflitos trabalhistas, alta inflação e ataques de extremistas islâmicos.

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Entre os cidadãos, há um clima de descontentamento com o ritmo lento de mudança e a persistência de problemas econômicos, após a revolução que foi parcialmente realizada por causa da falta de postos de trabalho. Ainda assim, a transição democrática da Tunísia se manteve nos trilhos, ao contrário de outros países que também viveram revoltas na Primavera Árabe.

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Desafios – Depois da revolta de 2011, a Tunísia, uma das nações mais seculares do mundo árabe, enfrentou divisões relacionadas ao papal do Islã e à ascensão de islamistas ultraconservadores. Líderes do Ennahda – uma organização com ideologia similar à da Irmandade Muçulmana – que viviam asilados na Europa voltaram ao país depois da queda de Ben Ali e, meses depois, a organização ganhou 40% das cadeiras no Parlamento que se encarregaria de montar um governo de transição e de redigir uma nova Constituição. Cargos altos nos ministérios foram ocupados até por ex-exilados que eram constantemente monitorados pela Interpol por suspeita de terrorismo.

No ano passado, o assassinato de dois líderes opositores provocou uma crise no país. Associada aos desdobramentos no Egito, a crise levou o Ennahda a fazer um acordo com a oposição. As divisões permanecem e o país também tem preocupações relacionadas à fronteira com a Líbia, refúgio de terroristas ligados à Al Qaeda. Um atentado suicida em um resort tunisiano no final do ano passado expôs a vulnerabilidade do país.

Os problemas também atingem a esfera econômica, com alto custo de vida, desemprego e inflação elevados e déficit orçamentário. Recentemente, protestos contra um aumento de impostos levou o governo a voltar atrás na decisão. “A adoção de uma nova Constituição é um passo importante para reduzir a instabilidade política na Tunísia. Mas aliviar com as tensões política e social ainda será um processo longo e desafiador”, afirmou a agência de rating Fitch em comunicado.

(Com Estadão Conteúdo)

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